Motoristas e entregadores em Anápolis sonham com app municipal para aumentar lucratividade
Falta de pontos de apoio não é a única demanda da categoria no município. Empresas "parceiras" pagam cada vez menos


As atraentes promessas de independência financeira, flexibilidade de horários e ausência de patrão feitas pelas plataformas de transporte por aplicativo a motoristas parceiros começam a ser vistas com reticências por quem se aventura nesse mercado em Anápolis.
Rápidas apurou que, desde 2017, ano de estreia na cidade, a tarifa mínima por viagem na Uber caiu de R$ 6,75 para R$ 5,49. Em contrapartida, o preço dos combustíveis, a manutenção de veículos e concorrência só aumentou. Na 99, que chegou depois, a realidade pouco se altera.
A falta de pontos de apoio para que entregadores possam beber água, usar banheiro ou utilizar tomadas surge como um empecilho no dia-a-dia desses autônomos.
A baixa tarifa mínima também se soma às altas taxas cobradas pelos aplicativos, às vezes acima de 30%, em meio ao cenário de corridas que por vezes pagam menos de R$ 1 por quilômetro rodado.
Nos últimos dias, a coluna foi inserida em grupos de motoristas e entregadores que atuam em Anápolis. Testemunhos e reflexões dos percalços vividos superam conselhos para buscar mais corridas.
Também não são poucos os cálculos mostrando que em cidades maiores a lucratividade é maior.
Cresce entre eles o desejo de que o município faça como Caldas Novas (GO) e Araguari (MG), cujas prefeituras desenvolveram apps com serviços de corridas e entregas e retém apenas uma pequena porcentagem de manutenção.
Empresas escondem dados em Goiás para preservar “estratégia comercial”
Rápidas solicitou a Uber e 99 a quantidade de parceiros que atuam nos municípios e o total em Goiás.
Ambas plataformas se negam a compartilhar informações dessa natureza alegando que a privação dos dados faz parte da “estratégia comercial” dessas companhias.
Mas em âmbito nacional os dados são conhecidos
Atualmente no Brasil existem cerca de 2,2 milhões de trabalhadores que atuam como “parceiros” de aplicativos. É 35% a mais de motoristas e 18% no número de entregadores em relação a 2022.
Os motoristas passam 85 horas por mês em viagens, enquanto os entregadores trabalham 39 horas.
Entre os condutores de automóveis, 42% têm outro emprego, enquanto entre os entregadores o número chega a 46%.
As informações são da Amobitec. Já a 99 relatou atuar em 3.300 cidades brasileiras, contando com cerca de 1,5 milhão de parceiros ativos e 50 milhões de usuários (clientes) cadastrados. Foi registrado um aumento de 16% nos motoristas do App em 2024, com a maioria sendo do sexo feminino.
Vereadora é conservadora, mas conhece muito bem o PT
As críticas de uma vereadora conservadora de Anápolis contra a “esquerda” contrastam com as relações íntimas e longevas que ela teve com o Partido dos Trabalhadores até pouco tempo, em especial pela forte ligação com um dos caciques da legenda no estado.
Safra de milho e outras culturas devem ter alta na produção em Goiás
A insistência das chuvas, que avançaram até o mês de maio, contrariando Jobim e indo além do verão, deve representar um bom ano para os produtores rurais de Goiás.
O climatologista Eduardo Argolo relatou que neste período, quando o ocorre a safrinha, cultivares como o milho devem ter uma produção acima da média.
Nota 10
Para os pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), que encontraram uma partícula com potencial para diagnosticar e tratar câncer.
Nota Zero
Para Saneago. Moradores de Anápolis voltaram a registrar água turva nas torneiras nesta semana.