Farmácias em Goiânia trabalham na pré-venda do Mounjaro; veja preços
Remédio, que até então era vendido via importação, foi aprovado para tratamento de diabetes tipo 2 no Brasil


Previsto para chegar às drogarias do Brasil até o próximo dia 15 de maio, o medicamento Mounjaro (tirzepatida), concorrente do Ozempic (semaglutida), aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023, já tem movimentado as farmácias de todo o país. Em Goiânia, estabelecimentos apostam na pré-venda e em comunicação dirigida a potenciais consumidores.
O remédio, que até então era vendido somente via importação, foi aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2 e aguarda autorização da Anvisa para a indicação no controle crônico do peso. Apesar disso, ele já vem sendo indicado por médicos, fora da bula, como uma forma de tratamento para perda de peso. Na capital, a substância está sendo comercializada nas farmácias da rede Drogasil.
Conforme apurado pelo Portal 6, até o momento estão sendo disponibilizadas apenas as canetas na dosagem de 2,5 mg, pelo preço de R$ 1.406,75. A outra aplicação com 5 mg, ainda não tem previsão de chegada, mas os interessados podem realizar o cadastro na pré-venda, de forma online, no site da rede Drogasil. O valor para esta versão é de R$ 1.974,80.
As redes de farmácias Drogarias Pacheco, Droga Raia e Pague Menos seguem a mesma linha e apostam na pré-venda do fármaco online. A Pacheco, inclusive, começou a disparar mensagens para pessoas cadastradas, alertando sobre a venda antecipada da caneta.
No link enviado via WhatsApp, o consumidor é direcionado a uma página e pode escolher entre as duas opções de dosagem do remédio (2,5 mg e 5 mg), sendo avisado assim que uma delas começar a ser vendida.
Na última segunda-feira (05), a Anvisa emitiu um alerta para divulgar as peças de propaganda nas redes sociais com links para ofertas do medicamento no site oficial da autarquia.
“A Anvisa não comercializa qualquer medicamento nem serve de intermediária para a sua venda”, destacou.
No dia 16 de abril, a Anvisa também decidiu que será obrigatória a retenção de receita médica para a venda de medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares. A nova instrução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 24.
Conforme a medida, será requisitada a prescrição médica, que deverá ser realizada em duas vias, para que uma delas fique retida na farmácia no momento da compra — assim como ocorre com os antibióticos. As drogarias deverão registrar a compra e venda dos medicamentos no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).
Segundo nota publicada logo após a decisão, a medida visa proteger a saúde da população brasileira. A Anvisa também afirmou que foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas.