Conheça a cidade goiana que todo mundo confunde, mas que já recebeu até um príncipe
História começou com a descoberta de jazidas, mas nome do município, hoje, costuma ser mais usado para outra coisa

Existe uma cidade goiana que tem, na história, riqueza e presenças ilustres – mas, atualmente, quase não é reconhecida pelo nome. É que a nomenclatura usada para o município, geralmente, se refere a outra coisa.
“Baliza” costuma significar a manobra usada para estacionar um veículo entre dois obstáculos. Em Goiás, entretanto, pode ser muito mais do que isso.
A cidade de Baliza fica no Noroeste goiano. Abriga uma população estimada de 3.306 pessoas, que vivem em meio a ruas de traçado irregular e casas de estilo antigo.
Os hábitos típicos da vida garimpeira atravessaram o século: ainda vivos no pequeno município, remontam diretamente à origem do povoamento na região. O estopim para a chegada de habitantes foi a descoberta de jazidas de diamantes, em 1924.
O nome, Baliza, ainda não vinha da famosa manobra requisitada a todo motorista. As estradas difíceis do interior goiano tinham recebido o primeiro automóvel apenas alguns anos antes, em fevereiro de 1919 – e a mais de 280 km de distância, em Jataí.
Na verdade, a nomenclatura tinha origem na existência de uma pedra, de cinco metros que altura, que ficava posicionada no meio do Rio Araguaia.
Baliza virou distrito em 1930 e foi emancipada para município em 11 de julho de 1942. Nesse intervalo, recebeu visitas ilustres, destacadas pela Administração Municipal.
Marechal Rondon marcou presença em 1930, e o senador da República Nero Macedo esteve ali em 1934.
Em abril de 1936, foi a vez da família real brasileira: o Príncipe Dom Pedro de Alcântara Orleans e Bragança veio até o interior goiano acompanhado dos filhos.
Em 1940, quem fechou a lista de convidados especiais foi o interventor federal Pedro Ludovico Teixeira, que havia fundado Goiânia sete anos antes.
Hoje, Baliza já se vê esvaziada dos garimpeiros, que migraram para outras áreas mais rentáveis. Mesmo assim, os símbolos continuam: na bandeira, no hino, nas construções às margens do rio e até nas casas em ruínas.
E, em meio à viagem ao passado, destacam-se os atrativos naturais. Cânions, cachoeiras e corredeiras se juntam a construções históricas e ruas de pedra para valorizar o turismo de aventura e o ecoturismo.
O Salto Paraguassu, por exemplo, oferece aproximadamente 96 metros na principal queda. Proporciona um espetáculo de neblina, arco-íris e um grande poço, enquanto uma trilha acompanha outras quedas menores.
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