Novos radares: estradas brasileiras começam a testar uma nova forma de fiscalização
Tecnologia calcula a velocidade média do veículo ao longo de um trecho e muda a lógica do controle tradicional por ponto fixo

Rodovias brasileiras começaram a testar radares de velocidade média, um modelo de fiscalização diferente dos equipamentos tradicionais.
Em vez de medir a velocidade em um único ponto, o sistema calcula quanto tempo o veículo leva para percorrer um trecho específico. A partir disso, define a velocidade média e verifica se o limite foi respeitado.
Esse tipo de radar já é usado em países da Europa e, agora, entra em fase de testes no Brasil. Estados como São Paulo e Minas Gerais iniciaram projetos-piloto em rodovias estaduais e federais, principalmente em trechos com alto índice de acidentes.
Na prática, dois pórticos são instalados ao longo da estrada. O primeiro registra a passagem do veículo e o segundo faz a leitura final. O sistema cruza os dados e calcula a média de velocidade no percurso monitorado.
A principal mudança para o motorista é que não adianta reduzir a velocidade apenas ao passar pelo radar. Se o condutor acelerar em outro ponto do trecho, a infração pode ser registrada da mesma forma.
Segundo órgãos de trânsito, a proposta é estimular uma condução mais constante e segura, reduzindo freadas bruscas e comportamentos de risco comuns em locais com radares tradicionais.
Por enquanto, muitos desses equipamentos operam em caráter educativo, sem aplicação de multas. A autuação definitiva depende de homologação técnica pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e regulamentação específica dos órgãos responsáveis.
Além da velocidade média, parte dos novos radares instalados nas estradas brasileiras também conta com leitura automática de placas, contagem de veículos e monitoramento do fluxo, o que ajuda no planejamento do tráfego e na identificação de irregularidades.
Autoridades afirmam que os testes servem para avaliar a eficiência da tecnologia e a adaptação dos motoristas. Caso os resultados sejam positivos, a tendência é que o modelo seja ampliado para outras rodovias nos próximos anos.
Enquanto isso, a recomendação segue a mesma: respeitar os limites de velocidade ao longo de todo o trajeto, e não apenas em pontos isolados da estrada.
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