Merendeira conhece meninas de abrigo, se apaixona e decide adotá-las

Irmãs de 14 e nove anos viviam em abrigo desde 2011, quando foram abandonadas pelos pais

Rafaella Soares Rafaella Soares -
Merendeira conhece meninas de abrigo, se apaixona e decide adotá-las

Mesmo tendo se encontrado apenas uma vez, uma merendeira de 49 anos decidiu adotar duas meninas, de 14 e 9 anos, em Águas Lindas de Goiás, localizado a 131 km de Anápolis.

As meninas moravam na Instituição Casa de Moisés desde 2011, após serem abandonadas pelos pais. Na época elas tinham apenas 8 e 3 anos, respectivamente, e foram retiradas da casa da mãe alcoólatra pelo Conselho Tutelar.

A adoção foi a primeira a ser realizada na comarca de Águas Lindas e a sentença foi proferida em dezembro de 2017 pelo juiz  Felipe Levi Jales Soares, titular da 1ª Vara Cível, de Família, Sucessões da Infância e da Juventude do município.

“Quando a criança estava apta a ser adotada, era levada por pretendentes de outras comarcas”, explicou o juiz, que foi responsável por dar início ao cadastro de adoções na cidade.

Além de conceder a adoção e declarar a merendeira como mãe das meninas, Felipe Levi também determinou que o nome dos pais e dos avós delas fossem retirados da certidão de nascimento para que o da mãe adotiva e dos novos avós sejam incluídos.

Primeiro encontro

Ao entrar na lista do Cadastro Municipal de Adoção em 2016, a merendeira relatou ter sido informada que a menina mais velha era portadora de deficiência cognitiva e cardíaca, mesmo assim não perdeu a vontade de conhecê-la.

“No momento que bati os olhos nela senti um amor muito grande e, naquele momento, sem me importar com suas limitações, decidir adotá-la”, disse.

Após 15 dias do encontro, a mulher também foi convidada a conhecer a irmã mais nova. Com ela o relacionamento só melhorou após o segundo encontro, pois no início menina estava sendo inserida em outra família, mas como a adoção não deu certo, ela se frustou.

Conforme a mãe das meninas, elas são muito tranquilas e, apesar da deficiência, é independente. Ela terá de passar por uma cirurgia cardíaca ainda neste primeiro semestre de 2018.

Já a mais nova é “agitada e muito sapeca” e está fazendo aulas de violão. Além disso, a mulher também contou que elas querem ser médicas quando crescerem para “curar os doentes”.

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