O destino do idoso goiano que abusou sexualmente das duas netinhas
Portador de doença congênita, ele conseguiu cometer crime mesmo sem poder sair sozinho da cama
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Um idoso com mais de 70 anos, e que não teve a identidade revelada, foi condenado a dez anos de prisão por molestar as duas netas, de 11 e sete anos de idade, em Aparecida de Goiânia, a 72km de Anápolis
A decisão é da juíza substituta Marcella Caetano da Costa, que concedeu permissão para o criminoso recorrer em liberdade, devido não ter causado nenhum problema durante o processo.
Consta na denúncia que o condenado é pai da mãe das crianças e todos eles moram em um mesmo lote, mas em casas separadas.
Por ser diagnosticado com uma doença congênita, identificada como lesão medular com evolução de bexiga neurogênica, o idoso passa a maior parte do tempo acamado e depende de terceiros para a realização de atividades cotidianas.
Com isso, ele se aproveitava quando ninguém da família estava por perto e mandava que as menores, uma por vez, se aproximassem da cama para que ele colocasse as mãos por baixo das roupas delas e lhes tocassem os seios e os órgãos sexuais.
Após o ato, o idoso ainda pedia que elas guardassem segredo.
Toda a situação só foi descoberta depois que uma das meninas discutiu com o avô e foi repreendida pela mãe. Na ocasião, ela contou sobre os abusos e, imediatamente, o caso foi denunciado à Polícia Civil.
Nenhuma das duas soube precisar quantas vezes os abusos aconteceram, mas explicaram que gostavam do avô até que ele começou a fazer “coisas feias” e que elas não gostavam.
Conforme a magistrada, o condenado ainda negou o crime, mas os depoimentos das menores não apresentaram nenhuma contradição.
“Conjunto probatório se mostra suficiente para ensejar um decreto condenatório. Aliás, merece especial atenção pela dificuldade que se reveste a comprovação de delitos dessa natureza, comumente cometidos às ocultas, bem como pelo constrangimento que a vítima tem em relatar o abuso sexual sofrido quando se trata de criança de tenra idade”, disse.