Colégios Militares são alvos do MP por irregularidades no sorteio de vagas
Problema também teria sido verificado em outras cidades pelo Ministério Público
A realidade dos colégios militares de Anápolis pode mudar nos próximos meses. É que ocorreu na segunda-feira (26) uma reunião entre a Justiça de Goiás e o comando da instituição que apontou falhas no método usado para o sorteio de novos alunos.
As promotoras Maria Bernadete Crispim, titular da 42ª Promotoria de Goiânia, Carla Brant Sebba Roriz, da 13ª Promotoria de Anápolis, e a coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação (Cao Educação), Liana Antunes, entregaram ao coronel Anésio Barbosa, comandante de ensino da Polícia Militar em Goiás, denúncias sobre irregularidades e favorecimento de vagas para estudantes que possuem pais amigos de diretores.
Além disso, há também uma falha no novo edital dos sorteios, que não cita qual a solução das unidades diante as vagas que podem ser desocupadas por alunos formandos, desistentes ou reprovados ao longo do ano letivo.
Sobre o favorecimento de vagas, Anésio Barbosa afirmou que é importante deixar a decisão sobre casos específicos nas mãos dos próprios diretores.
Já sobre o edital, disse estar disposto a desenvolver um plano de gestão para o preenchimento das vagas remanescentes após os sorteios. O prazo de entrega do documento é de 30 dias.
Durante a reunião foi abordado ainda a necessidade de inclusão de pessoas com deficiência. Para isso, foi requisitado que seja feito um levantamento de quantos alunos especiais já são matriculados nos Colégios Militares do estado.
Ao fim da conversa, as promotoras comentaram também sobre a cobrança de matrícula pelas unidades. Liana Antunes aproveitou o momento e solicitou ao comandante que oriente os diretores a se absterem de vincular a prestação do serviço educacional ao pagamento de mensalidades.