O passado terrível de médico bêbado que provocou grave acidente no Jundiaí
Vítima, que é professora da rede municipal de ensino, teve de fazer cirurgia às pressas e ficará impossibilidade de trabalhar por vários meses
Os 38 anos que o clínico geral Samuel Gomes Vieira Borges tem de idade acumulam várias passagens pela polícia por crimes relacionados ao trânsito e à medicina.
Na noite deste sábado (30), ele foi preso após provocar um grave acidente automobilístico no bairro Jundiaí, área nobre de Anápolis. Bêbado, Samuel bateu com seu Amarok em um HB20 e deixou uma professora que estava neste veículo bastante ferida.
Ela, que é servidora da rede municipal, fraturou o fêmur e precisará ficar afastada por vários meses para se recuperar do acidente. No carro também estavam o marido dela, na condução, e duas filhas pequenas, que não se feriram com gravidade.
Após o acidente, o comportamento do médico assustou a todos.
“Ele teve a capacidade de ainda desferir um soco no rosto do esposo da vítima”, contou o delegado Ariel de Oliveira Martins, que estava no plantão da Central de Flagrantes.
“Determinei para que fosse encerrado o auto de prisão em flagrante sem o interrogatório, uma vez que era impossível interrogá-lo. Ele estava ainda bem anormal… fora de si”, detalhou.
O exame de alcoolometria constatou 0,79 mg de álcool no organismo de Samuel, índice que indica que a pessoa está extremamente bêbada.
Diante da situação, o médico foi levado imediatamente para o Centro de Inserção Social, a cadeia pública de Anápolis, sem direito a fiança.
Passado de crimes
Dirigir perigosamente é uma constante na vida do médico Samuel. Tanto que ele responde por um homicídio que ocorreu após uma colisão frontal, no final do ano passado, em Jataí, cidade onde trabalha no Hospital das Clínicas.
Uma mulher de 34 anos também o processa na Justiça para reparar as sequelas de um acidente automobilístico. Pela causa, ela pede R$ 1.701.480,50 como indenização.
Em Anápolis, Samuel atuou como médico até 2015 na rede municipal de saúde. No dia 24 de janeiro daquele ano, ele foi preso em flagrante por omissão de socorro após se recusar a atender um paciente levado ao então Cais do Jardim Progresso pelo Serviço Ambulatorial Móvel de Urgência (SAMU).