Com delay de 5 meses, sistema mostra que Câmara enterrou pautas conservadoras

Poder Legislativo afirmou que falha de comunicação não ocorreu especificamente com esses projetos e que deu início aos procedimentos necessários para sanar o problema

Denilson Boaventura Denilson Boaventura -
*Atualizado às 12h40 de 22/01/2.020 com posicionamento da Casa

O arquivamento do projeto de lei que visava criar o Dia da Bíblia em Anápolis ocorreu em agosto de 2019, mas só foi tornado público pela Câmara Municipal nesta semana — cinco meses depois.

De autoria dos vereadores João da Luz (PODE) e Teles Júnior (PMN), a matéria tinha a intenção de fazer com que o Poder Público, juntamente com entidades, promovessem uma celebração anual no dia 10 de dezembro.

“O incentivo à leitura, interpretação e prática da palavra de Deus, expressas na Bíblia colaborará num grande percentual para moldura do caráter do cidadão”, ressaltaram os vereadores no texto.

A Praça da Bíblia, instalada no Cidade Jardim, havia sido o local definido por João da Luz (PHS) e Teles Júnior (PMN) para que a festa acontecesse.

Na mensagem enviada pelo Interlegis aos cidadãos que se cadastraram para acompanhar a tramitação do projeto foi explicado que ele foi arquivado em razão de já haver leis com o mesmo fim em Anápolis.

Outra proposição arquivada em agosto de 2019 e que só foi tornada pública cinco meses depois é a que instituía em Anápolis a Semana da Família. De autoria do vereador Lélio Alvarenga (PSC), essa matéria não teve o motivo do arquivamento revelado pelo Interlegis da Câmara Municipal.

Origem

A Diretoria de Comunicação da Casa foi procurada pela reportagem do Portal 6 na segunda-feira (20), mas não obteve retorno oficial até o fechamento desta publicação — às 21h30 desta terça-feira (21).

Em nota enviada no final da manhã desta quarta-feira (22), o órgão informou que o delay teve origem após atualizações no servidor de e-mail do Senado Federal, responsável pelo Interlegis, e afirmou que o Poder Legislativo deu início aos procedimentos necessários para sanar o problema.

O órgão também ponderou que a falha de comunicação aos usuários não ocorreu especificamente com as pautas conservadoras que versavam sobre a instituição do Dia da Bíblia e a Semana da Família.

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