Após episódio racista, Bio Instinto também dá dia de princesa para criança

Junto da irmã mais nova e a mãe, garotinha fez compras, brincou e passou por produção completa

Rafaella Soares Rafaella Soares -

A empresa Bio Instinto promoveu nesta quarta-feira (22) um dia de muita alegria para a pequena Ana Luísa Cardoso Silva, de nove anos, que alega ter sofrido racismo enquanto brincava no Parque Ipiranga, um dos principais cartões postais de Anápolis, no último dia 1º.

Junto da mãe e da irmã mais nova, a garota passou por um tratamento completo de cabelo, maquiagem e manicure. Depois, as três foram levadas para almoçar em um restaurante.

Já no período da tarde, passearam pelo Brasil Park Shopping, compraram roupas, sapatos e ainda tiveram um momento de várias brincadeiras no Alakazan Park, uma área do centro comercial reservada para brinquedos infantis.

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Outras homenagens

Após a história de Ana Luísa repercutir nas redes sociais e nos veículos de comunicação, foram vários os grupos que se reuniram para prestar homenagens e oferecer dias de transformação e sessões de fotos para a criança.

Dentre elas está a de Vivian Albernaz, que realizou o sonho da pequena de ganhar um vestido da Elsa, personagem do filme Frozen. Na ocasião, Ana Luísa também foi ao cinema com a primeira-dama da cidade e conheceu o gabinete do prefeito Roberto Naves (PP).

O caso também chegou até a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que não só demonstrou indignação, como convidou a garota para ir até Brasília na última segunda-feira (20), onde foi recebida com muita festa para o lançamento do programa Igualdade Racial nas Escolas.

Relembro o caso

Ana Luísa sempre sonhou em ser uma princesa, mas apresentou uma mudança repentina de comportamento após brincar com uma amiguinha no Parque Ipiranga. A mãe, preocupada, viu que ela não queria mais comer, dormir, sair de casa e muito menos voltar ao local do episódio.

Apesar de perguntar várias vezes para a filha o que havia acontecido, Ana Luísa teve coragem de desabafar apenas no dia 05 de janeiro. Por meio de uma cartinha, contou ter ouvido de uma mulher no próprio parque que crianças pretas não podiam ser princesas.

Ainda pela carta, a garotinha afirmou ter chorado com a situação. Porém, decidiu por conta própria que não queria que o caso fosse denunciado na Polícia Civil.

“Ela disse que não tem raiva e que não quer levar a denúncia adiante porque não está mais magoada e perdoa a mulher pelo que aconteceu. Pela repercussão, tenho certeza que a pessoa deve ter visto, então esperamos que não faça mais isso com ninguém”, afirmou a mãe, Luciana Cristina Cardoso, ao Portal 6.

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