Governo publica decreto que coloca Anápolis em risco de emergência hídrica

Tratativas procuram estabelecer medidas para regular uso de água no município durante período de estiagem

Caio Henrique Caio Henrique -
Governo publica decreto que coloca Anápolis em risco de emergência hídrica

O Governo de Goiás publicou no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (02), um decreto que declara situação de risco de emergência hídrica por 210 dias nas bacias hidrográficas do Ribeirão Piancó (que abastece Anápolis) e do Alto Rio Meia Ponte (que abastece Goiânia e Região Metropolitana).

As tratativas, que foram iniciadas em novembro de 2019 – logo após a finalização de uma operação muito semelhante realizada no mesmo ano, procuram estabelecer medidas para regular o uso de água no estado durante o período de estiagem.

As primeiras medidas tomadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) foram o levantamento completo das barragens da bacia e o estreitamento das relações com produtores rurais de toda a região.

A entidade também juntou forças com a Agência Nacional de Águas (ANA) para realizar a instalação de duas estações hidrológicas, uma em Inhumas e outra em Goiânia, que farão análise em tempo real da vazão da água.

Como o decreto irá funcionar?

O plano de ações foi dividido em três eixos, cada um sob comando e responsabilidade de uma instituição. Confira:

O primeiro, sob responsabilidade da Semad, fará a gestão da crise e irá definir os critérios de restrição, captação e, caso necessário, suspensão do abastecimento. Também irá estabelecer a necessidade de instalação de sistemas de monitoramento telemétrico e de vazão, além de realizar comunicação com a sociedade e fiscalizar o cumprimento das medidas.

O segundo, sob comando da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), irá implementar medidas de apoio aos agricultores, buscando a melhoria da eficiência de uso da água nas atividades agropecuárias, além de orientá-los para o cumprimento das restrições conforme as determinações da Semad e apoiá-los na execução de ações de recuperação de pastagens degradadas na Bacia.

O terceiro eixo diz respeito à ações realizadas pela Saneago, que incluem – além da redução das perdas físicas de água na rede de distribuição, o apoio às medições telemétricas e o aprimoramento dos mecanismos de barragens – a realização de campanhas de educação e conscientização da população para economia de água e suporte aos programas de recuperação ambiental nas bacias hidrográficas de Goiás.

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