Tradicional médico de Anápolis tira todas as dúvidas sobre as cataratas e tratamentos

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Os olhos são uma parte extremamente importante do corpo. Afinal, é com ele que se vê para onde ir e é por ele que se enxerga as pessoas amadas.

Com o avanço da idade, porém, é comum que a visão comece a ser prejudicada e a parte cristalina dos olhos vá perdendo a transparência e se tornando mais opaca. São as conhecidas e temidas cataratas.

Há ainda muitas pessoas que não sabem como agir e quando devem procurar um profissional da Oftalmologia. Por isso, a reportagem do Portal 6 conversou com o Dr. Flávio Pereira Machado.

Ele é médico oftalmologista, cirurgião de cataratas (CRM 21207 | RQE 13971) e atende no Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA). Mais informações pelo telefone (62) 3310-5600.

Confira a entrevista na íntegra

O que é catarata?

Dr. Flávio – Catarata é o embaçamento da lente natural dos olhos, ou seja, quando a lente natural se torna opaca. Essa lente se chama cristalino e está localizada logo atrás da pupila. As pessoas afetadas enxergam através de uma nevoa que vai se tornando cada vez mais densa. Na maioria dos casos a evolução é lenta e o paciente não percebe que está perdendo a visão, só se dando conta nas fases mais avançadas. Se não for tratada, a catarata pode levar a cegueira. Entretanto, com as técnicas cirúrgicas modernas, a lente natural turva pode ser substituída por uma lente artificial 100% transparente e, assim, devolver a visão clara e nítida ao paciente.

Quais são as causas da catarata?

Dr. Flávio – A causa mais comum da catarata é o envelhecimento. Com o passar dos anos o cristalino vai perdendo sua transparecia e elasticidade além de se tornar maior e mais denso. Essas modificações estão relacionadas com alterações metabólicas do cristalino e podem ser aceleradas pelo tabagismo, pela exposição solar excessiva, diabetes, entre outras causas.

A catarata também pode ocorrer em pacientes jovens, devido a traumas oculares ou uso de medicamentos. Há também a catarata congênita que ocorre ao nascimento (casos raros).

Como é feito o diagnóstico da catarata?

Dr. Flávio – O diagnóstico da catarata é muito simples para o oftalmologista. O paciente acometido terá a acuidade visual reduzida, diminuição da sensibilidade ao contraste, desconforto em ambientes muito iluminados e um cristalino opaco. Para visualizar o cristalino o oftalmologista utiliza um microscópio conhecido como lâmpada de fenda. Em cataratas muito avançadas a opacidade pode ser vista a olho nu.

Como é o tratamento da catarata?

Dr. Flávio – A má notícia é que infelizmente não é possível curar a catarata com colírios, comprimidos ou terapias alternativas. A catarata também não pode ser corrigida com óculos.

A boa notícia é que a cirurgia de catarata é segura e rápida. No passado, a cirurgia era realizada através de um grande corte, por onde o cristalino era removido por inteiro e necessitava de vários pontos. Atualmente, com o auxílio de um facoemulsificador, o cristalino é fragmentado por ondas de ultrassom em pequenos pedaços, esses pedaços são então sugados por uma bomba de vácuo para dentro do aparelho. Toda a cirurgia é feita através de duas minúsculas incisões, uma de 1mm e outra de 2mm. Após a remoção do cristalino a lente é introduzida dobrada através da incisão maior. Na técnica moderna (facoemulsificação) não há necessidade de pontos, a recuperação é muito mais rápida e o resultado visual é muito melhor.

A cirurgia de catarata é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo, com baixíssimos índices de complicações. É um procedimento de rotina para os oftalmologistas, realizado sob anestesia local e sem internação. O paciente tem alta no mesmo dia e retorna no dia seguinte para iniciar o acompanhamento pós-operatório.

Qual o momento ideal para realizar a cirurgia?

Dr. Flávio – No passado, as pessoas relutavam em ser operadas e só operavam quando a catarata já estava muito avançada. Hoje sabemos que uma catarata avançada é muito mais difícil de ser operada, tornando a cirurgia mais arriscada. A catarata avançada é muito dura, é maior e tem uma cápsula frágil, dificultando muito o trabalho do cirurgião. O ideal é operarmos quando o paciente já está sendo prejudicado pelo embaçamento visual mas ainda tem uma catarata moderada.

Quais os tipos de lentes intraoculares disponíveis?

Dr. Flávio – Ao final da cirurgia, o cirurgião precisa fixar uma lente dentro dos olhos para substituir a lente natural que foi removida. Essa lente é definitiva e ficará no interior dos olhos por toda a vida. As opções de lentes podem ser divididas em: lentes de foco único e lentes multifocais.

As lentes de foco único são as fornecidas pelos planos de saúde. Com elas o paciente terá, quando estiver sem os óculos, uma visão boa para longe mas muito ruim para perto. Porém, com os óculos, terá uma visão de excelente qualidade para longe e perto.

As lentes multifocais não são fornecidas pelos planos de saúde. Estas lentes conseguem dividir os raios de luz em múltiplos focos, dando ao paciente uma visão boa para longe e perto, sem a necessidade de óculos. Entretanto, devido a divisão dos raios de luz, há uma pequena perca na “qualidade” da visão, mas que passa desapercebida pela maioria dos pacientes. São indicadas para quem deseja ter uma independência maior dos óculos e não se importam se ocorrer uma leve redução na “qualidade” visual.

Esse foi apenas um resumo. Existem diversos modelos de lentes premium no mercado e cada uma tem suas vantagens e desvantagens. Infelizmente, não há uma lente perfeita que devolva a visão de quando se era jovem, pois na juventude o cristalino conseguia fazer o ajuste dinâmico do foco e, por enquanto, nenhuma lente foi capaz de devolver esse ajuste na prática.

Visite seu oftalmologista anualmente, ele saberá indicar o momento ideal para a cirurgia e a lente mais adequada para o seu perfil.

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