Operação prende golpistas do WhatsApp em Anápolis; prejuízo chegou a R$ 260 mil
Criminosos em outras cidades também acabaram pegos e 15 mandados de busca e operação foram cumpridos
A Operação Bença Tia Digital, coordenada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc), efetuou duas prisões em Anápolis, uma em Alexânia e outra em Águas Lindas nesta terça-feira (1º).
Segundo a Polícia Civil (PC), os detidos foram duas mulheres e dois homens. Chamou atenção o fato de que uma presas em Anápolis usava tornozeleira eletrônica e já era condenada pelo crime de tráfico de drogas.
Também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Luziânia e Nova Crixás.
Os golpes resultaram em mais de R$ 260 mil de prejuízo para três vítimas, que decidiram denunciar o esquema às autoridades.
Como funciona
Conforme a Dercc, a Operação Bença Tia Digital foi resultado de um trabalho minucioso de investigação que durou oito meses.
O nome faz alusão ao conhecido golpe que era aplicado por meio de ligações telefônicas, mas que hoje são realizados através de mensagens via WhatsApp.
Os criminosos enganam familiares das vítimas abordadas e solicitam valores em espécie, alegando que não conseguem acessar o aplicativo do banco e precisam de valores para pagamento de contas.
Por meio de novo número de WhatsApp, usam imagens fotográficas de pessoas diversas e enviam mensagens para seus familiares (pai, mãe, tio, irmãos).
Assim, se passam por aquele familiar da fotografia e pedem transferências bancárias para contas de laranjas, que são criminosos que alugam suas contas bancárias para recebimento desses valores.
Consequências
De acordo com a PC, os quatro presos e os demais investigados serão indiciados pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, que somados poderão ultrapassar dez anos de reclusão.