Assassinato que causou revolta em Anápolis vai a julgamento na próxima semana

Vítima era uma mulher trans e corpo foi encontrado pela mãe dela cheio de ferimentos

Da Redação Da Redação -
(Foto: Reprodução)

Os quatro jovens acusados de participarem de uma ação cruel, que terminou com a morte da transexual Emanuelle Muniz Gomes, poderão ter o destino definido na próxima terça-feira (20), em Anápolis.

É que o julgamento do caso está previsto para ser realizado nesta data, no período da tarde, pela 4ª vara criminal.

O crime ocorreu em fevereiro de 2017 e os rapazes foram detidos em maio do mesmo ano, em uma ação conjunta do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da cidade com agentes da Delegacia de Goianésia.

O Portal 6 apurou que, desde então, todos permanecem na cadeia à disposição da Justiça.

Na ocasião em que foram encontrados pelas autoridades policiais, o delegado Cleiton Lobo revelou que Marcio Machado, Reinivan Moisés de Oliveira, Daniel Lopes Caetano (que confessou o crime) e Sérgio Cesário Neto, sequestraram a jovem para estuprá-la.

Ao perceberem, porém, que ela ainda tinha a genitália masculina, optaram por matá-la a pedradas em um matagal próximo à saída para Brasília.

Dinâmica do crime

Tudo aconteceu na noite do dia 25 de fevereiro, quando Emanuelle estava junto com a mãe, Edna Girlene Gomes, na porta da boate Terra Brasil, no Jardim América, e um Pálio branco parou oferecendo carona. O carro arrancou com a jovem, deixando Edna para trás e desnorteada.

A Polícia Militar, em vão, tentou procurá-la pela cidade. Já dona Edna, após registrar ocorrência na delegacia, saiu caminhando e, ao passar por uma estrada de terra, avistou dois corpos.

Um, completamente nu e com a cabeça muito machucada por pedradas, era o da filha. O outro corpo era de um rapaz que foi espancado apenas porque estava passando pelo local. Ele foi socorrido e sobreviveu.

“Gente, que mundo é esse? Eu queria minha filha de volta. Nem que viesse faltando um braço, uma perna, eu queria ela aqui comigo agora”, lamentou a mãe, na época, ao Portal 6.

Emanuelle nasceu Rômulo Mateus Castanheira e assumiu a transexulidade quando cursava a faculdade. Ela estava com 21 anos quando foi assassinada.

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