Paciente até chorou em consulta com Nicodemos Júnior e agora faz tratamento contra depressão, revela delegada

Vítima ficou tão traumatizada pela situação que teria passado com o ginecologista que desenvolveu problemas psicológicos

Rafaella Soares Rafaella Soares -
“Nenhuma vítima deve deixar de denunciar”, reforça delegada sobre caso do ginecologista Nicodemos Júnior
Delegada Isabella Joy, Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Anápolis. (Foto: Reprodução/Jornal Nacional)

Mais um caso escandaloso envolvendo o ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, foi tornado público na quarta-feira (13).

Titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Anápolis, a delegada Isabella Joy revelou ter recebido no final da última semana o depoimento de uma das pacientes do médico.

A vítima teria procurado o profissional de saúde para se consultar porque havia realizado uma cirurgia de retirada de útero. Na ocasião, em  2018, teria até precisado pagar por um atendimento particular porque Nicodemos já não atendia mais pelo plano de saúde dela.

“Ela contou que ele manipulou o órgão sexual dela durante o exame de toque, mesmo sem ter o útero. Por isso, ela ficou paralisada na hora e começou a chorar no consultório”, relatou a delegada, ao G1.

“Ele, então, encerrou o exame. Até hoje essa mulher faz tratamento contra depressão e síndrome do pânico”, acrescentou.

Nicodemos Júnior em entrevista à RecordTV após receber liberdade provisória, no dia 04 de outubro. (Reprodução/RecordTV)

Ao todo, Nicodemos já foi denunciado por 56 mulheres de Anápolis e Abadiânia e é suspeito de usar a própria profissão para cometer crimes sexuais contra as pacientes.

Ele está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) o proibiu de exercer a medicina em todo o Brasil.

A interdição é válida por seis meses. Após esse prazo, ela pode ser prorrogada ou revogada pela entidade.

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