Como a nova alta no preço do diesel pode impactar imediatamente o dia a dia dos goianos
Presidente da entidade que representa os transportadores pondera que consequências vão muito além de um possível desabastecimento
O preço do óleo diesel na bomba dos postos de combustíveis chama pouca atenção dos motoristas que rodam a cidade.
Mas esse produto é o maior representante dos custos dos transportes de todos os tipos de mercadorias que se deslocam pelo país.
Da fruta, a carne, o eletrodoméstico e até aquele par de tênis.
Ao Portal 6, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística do Estado de Goiás (Setceg), Ademar Pereira do Espírito Santo, disse que o óleo diesel representa 60% do custo operacional de um carregamento ou frete. “Não sabemos como vai ficar”, lamenta.
Ele explica que, embora as empresas estejam segurando um pouco, é impossível não repassar para o valor da viagem afim de não inviabilizar o negócio.
É mais um componente para pesar no bolso do consumidor final.
A carga existe, muitas vezes não está é compensando fazer o frete.
Para se ter ideia, Ademar explica que 70% de tudo o que circula no país tem o transporte terrestre como modal. “Se formos colocar dentro da cidade, de porta em porta, aí é 100%.
O consumidor final vai sentir aumento de preço em tudo, sobretudo o de classe mais baixa”, diz.
Paralisação
Ademar demonstra preocupação com a possível paralisação da classe, prevista para o dia 1º de novembro. O motivo para a insatisfação dos caminhoneiros é, exatamente, os sucessivos aumentos de preços do produto.
Ele explica que ainda não está nada definido. “Só o que estamos vendo pela internet mesmo, mas algumas entidades estão querendo entrar sim”, diz.
Para ele, se ocorrer, o cenário é péssimo. Isso porque ninguém está trabalhando com estoque, o que pode gerar desabastecimento.