O que aprendemos com Marília Mendonça
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A recente partida da cantora Marília Mendonça movimentou o noticiário e mobilizou emoções em todo o país na última semana. Muito se falou sobre a capacidade de composição e articulação com as palavras.
Com Marília aprendemos que não adianta prometer o céu e que declarações sem ações não conquistam mais e que o coração das pessoas não é casa da mãe Joana.
Aprendemos que não estamos imunes ao amor e ao sofrer e que o sofrimento não tem pausa, mas que podemos proibir quem já nos machucou de se aproximar, avisando o porteiro e o coração.
A compositora nos ensinou que algumas pessoas não tem horários, regras, limites e que muitas vezes somos avisados antes, já pra acostumar. Outras vezes é preferível estar sozinhos e que meia ausência basta.
Muitas vezes chegamos de voadora e num golpe vamos à lona, mas por mais que as quedas provoquem feridas, quando se der conta já passou. Quando olhar pra trás, já fomos embora!
Entre cancioneiros e melodias, Marília conseguiu como poucos alcançar a subjetividade dos apaixonados e descrever as relações amorosas nos contextos mais líquidos e etílicos.
Marcos Carvalho é professor, psicólogo e servidor público federal. Atualmente vereador em Anápolis pelo Partido dos Trabalhadores. Escreve todas às terças-feiras. Siga-o no Instagram.
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