“Preços, inbox”: retomada dos shows em Goiás ressuscita prática perigosa
Barato pode acabar saindo caro e delegado faz orientação para quem não quer ser enganado
Com a retomada dos shows e eventos em Goiás, a venda informal de ingressos por meio das redes sociais está voltando a se popularizar.
“Preços, inbox” é uma frase que voltou a aparecer com frequência em plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp e Twitter, que se tornam ambiente de troca da mercadoria, de forma que fogem do controle das distribuidoras oficiais.
Embora muitas vezes vendidos por preços mais barato, a prática acaba sendo perigosa para os consumidores, pois golpistas se aproveitam da oportunidade para “ressuscitar” o comércio de bilhetes falsificados ou até mesmo inexistentes.
O delegado Webert Leonardo, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon-GO) disse ser importante ter cautela para não ser enganado ao efetuar uma compra online.
“É importante saber com quem você está negociando, pegar referências sobre o fornecedor, antes de transferir qualquer tipo de dinheiro”, explica.
O delegado apontou também que o cliente deve sempre ficar alerta para alguns sinais, como os preços abaixo da média do mercado.
“O estelionatário conta com a vontade de quem quer comprar mais barato para consumar o crime. Portanto, a recomendação é sempre: ter cuidado, não ter pressa, pesquisar bastante antes de comprar, para não cair em fraudes. Se for preciso, gaste um pouco mais para garantir a segurança do ingresso”, concluiu Webert.
Compras online
As responsabilidades na negociação online das entradas para eventos e shows não se limitam apenas aos consumidores, mas também chegam aos sites especializados em vendas de ingresso.
O titular da Decon-GO afirmou que as empresas organizadoras e fornecedoras de ingresso para tais espetáculos também devem assumir medidas para assegurar que não haja venda de ingressos falsificados.
“Se o consumidor pegar um ingresso falso por falta de cuidado da empresa que está vendendo, ela será responsabilizada. Portanto, é responsabilidade do fornecedor garantir que a entrada seja legítima, para assim evitar a fraude”, finalizou o delegado.