Delegada explica em que pé está investigação de estupro coletivo em Aparecida

Caso é delicado, envolve adolescentes e está prestes a ser remetido ao Poder Judiciário

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Delegada explica em que pé está investigação de estupro coletivo em Aparecida
Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais concluiu investigação do caso. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil de Aparecida de Goiânia está investigando o caso de duas meninas que teriam sido estupradas por outros três adolescentes, no Setor Jardim dos Girassóis.

O crime teria ocorrido na quarta-feira passada (10), mas o caso só foi repercutido nesta sexta-feira (19). O Portal 6 entrou em contato com a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) e obteve mais informações sobre o caso.

De acordo com a delegada Bruna Soares, a mãe de uma das vítimas relatou para a polícia que as crianças – uma de 12 e outra de 15 anos – saíram de casa por volta do meio-dia, para irem à escola, e não deram mais notícias.

Algum tempo depois, a mulher recebeu um vídeo pelo celular onde a filha e a amiga apareciam na beira do córrego, embriagadas, seminuas e em situação de extrema vulnerabilidade.

Nesse instante, a mãe foi prestar denúncia sobre as imagens. Entretanto, enquanto estava sendo atendida, chegou a informação de que as meninas foram avistadas na rua por uma conhecida.

A delegada detalhou que as imagens mostravam dois dos jovens se divertindo enquanto faziam brincadeiras com a situação. Por outro lado, as garotas pediam, com muito dificuldade,  para que eles parassem de filmar.

Os policiais recolheram as menores à delegacia, que admitiram ter recebido o convite para ir ao córrego pelos dois suspeitos, sendo embebedadas e estupradas no local.

Na sequência, os dois adolescentes teriam levado as crianças para a casa de um terceiro, que também praticou o ato sexual com uma delas.

A delegada Bruna Soares explicou que as garotas não conseguiram sequer resistir aos avanços dos três jovens, devido ao estado de embriaguez que apresentavam.

As vítimas foram encaminhadas para o Instituto Médico Legal (IML) e um hospital da região, para realizar exames e receber medicações.

Os adolescentes envolvidos foram apreendidos e admitiram terem embebedado e feito sexo com as meninas. Porém, na versão deles, o ato teria sido consentido.

“Esses meninos não aparentam ter consciência de que, quando uma pessoa está bêbada e vulnerável, ela não deu consentimento. Além disso, como uma delas tinha menos de 14 anos, já se configura estupro de vulnerável”, explicou a delegada.

Um dos envolvidos foi liberado e os outros dois foram internados temporariamente. Os investigados vão responder por ato infracional análogo ao tipo penal de estupro de vulnerável e por fornecer bebida alcoólica a criança ou adolescente.

Ao fim do julgamento, o juiz pode decidir pela pena a ser cumprida pelos suspeitos, que pode ir desde uma advertência até a internação em uma unidade para infratores menores de idade.

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