Pai que matou filho por acidente com tiro de espingarda vai responder por homicídio
Homem ainda tentou tirar a própria vida depois da tragédia, mas sobreviveu
O pai de Eliseu Eugênio Kraemer, de 11 anos de idade, vai responder por homicídio culposo depois de ter matado o filho com um disparo acidental de uma espingarda, em Formosa, no Entorno de Brasília.
O inquérito sobre o caso foi concluído nesta quarta-feira (22) pelo Grupo de Investigação de Homicídios (GIH). A tragédia aconteceu no dia 27 de maio deste ano.
A Polícia Civil concluiu que o pai não teve intenção de atirar contra o filho, mas desobedeceu várias normas de segurança e, por isso, foi indiciado.
O inquérito apontou que o menino levou um tiro no peito de uma espingarda calibre 12. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu em função de um traumatismo cardíaco.
O pai da vítima, conforme a apuração, estava vendendo uma outra arma e mostrava-a a um interessado. Porém, decidiu pegar a espingarda, que estava carregada e destravada. Foi aí que ela disparou acidentalmente e atingiu a criança, que estava a cerca de um metro.
A munição utilizada foi tipo balote de grande energia, causando um ferimento de grande monta na vítima. A criança foi atingida no tórax e caiu no local, já sem vida.
O pai ainda pegou o filho no colo e ficou desesperado. Ele procurou a mãe da criança, que tomava banho no momento. O homem tentou se matar em seguida e atirou no próprio rosto.
Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e, dentro da viatura, escreveu uma carta se desculpando pela morte da criança.
O pai ficou com sequelas estéticas e também na fala, mas sobreviveu.
A Polícia Civil esclareceu que o homem era atirador esportivo e todas as armas dele estavam legalizadas.