Justiça reconhece dolo, Christiano Mamedio perde último recurso e vai a júri popular

TJGO considerou que empresário assumiu risco de matar adolescente e jovem em Anápolis por estar em alta velocidade

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Christiano Mamedio da Silva. (Foto: Reprodução)

Em uma decisão unânime e histórica, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) determinou que o empresário Christiano Mamedio vá a júri popular.

Ele é acusado de matar Eurípedes Tomé da Costa, de 26 anos, e Emanuel Felipe, de 15 anos, enquanto dirigia bêbado e em alta velocidade na Avenida Brasil Sul, em Anápolis.

O último recurso do empresário foi realizado nesta terça-feira (12). Esta é a primeira vez que um tribunal identificou  dolo de um motorista em um acidente que culminou em morte.

Esperava-se que o homicídio doloso fosse reconhecido por embriaguez ao volante. Porém, a Justiça foi além e considerou que dirigir em alta velocidade e furar os sinais já é assumir o risco de matar.

“O sujeito circular em alta velocidade no centro urbano de uma cidade, seja que hora for, no mínimo está sendo indiferente ao resultado que ele provoca. E o que ele provocou? Duas mortes. Imagina as dores para as famílias que ficaram sem essas pessoas. Há negligência absoluta, para não dizer indiferença, com o resultado morte”, disse um magistrado da 1ª Câmara Criminal, que julgou o recurso.

O crime aconteceu em outubro de 2020, quando a imprudência de Christiano Mamedio da Silva provocou um grave acidente de trânsito, na Avenida Brasil Sul, e tirou as vidas das duas vítimas que estavam na caminhonete por ele conduzida.

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