Buser faz ‘manobra’ pra continuar a operar em Goiânia

Usuários com passagens compradas estão sendo informados da medida por e-mail, pouco antes do embarque

Pedro Hara Pedro Hara -
Buser faz ‘manobra’ pra continuar a operar em Goiânia
Passageiros de Goiânia estão sofrendo com as mudanças. (Foto: Divulgação)

Atualizada às 12h25

Empresa de ônibus por aplicativo, a Buser está proibida momentaneamente de circular em Goiânia.

Pessoas ouvidas pelo Portal 6 relataram que haviam comprado passagens para viagens interestaduais saindo da capital, mas que os planos mudaram quase na hora do embarque.

De acordo com uma dessas passageiras, que não quis se identificar, o ponto de partida estava marcado para um posto de combustível às margens da BR-153, próximo ao Parque Flamboyant.

Entretanto, o destino foi alterado de maneira arbitrária pela empresa de ônibus, poucas horas antes e avisado por e-mail. O Portal 6 teve acesso as mensagens enviadas aos passageiros pela Buser.

Mudanças estão sendo informadas ao passageiros por e-mail. (Foto: Reprodução)

Mudanças estão sendo informadas ao passageiros por e-mail. (Foto: Reprodução)

O novo local de embarque foi em um lugar na mesma região, mas um pouco mais afastado da rodovia. Ao chegar lá, a informação é de que o ônibus sairá de Cristianópolis, cidade a cerca de 90 km de Goiânia.

Para que os passageiros cheguem ao novo destino, a Buser está pagando táxis para levá-los até o município.

Táxis estão sendo contratados pela empresa para que viagens sejam realizadas. (Foto: Karina Ribeiro/Portal 6)

Questionado sobre o porquê da medida estar sendo aplicada, um funcionário afirmou que a empresa está proibida pela fiscalização de circular na capital.

O Portal 6 entrou em contanto com a Buser pedindo um posicionamento. Em nota, a companhia afirmou que está sofrendo com o que chamou de “fiscalizações abusivas por parte da ANTT”.

Confira a nota na íntegra

A Buser esclarece que algumas de suas empresas fretadoras parceiras em Goiânia estão sofrendo com fiscalizações abusivas por parte da ANTT. Como plataforma de tecnologia que realiza a intermediação dessas viagens, repudiamos esse tipo de ação e apoiamos os fretadores e passageiros impactados.

Essas fiscalizações, que acabam em apreensões do veículo em certos casos, são baseadas em uma portaria ilegal que extrapola a competência da própria agência reguladora, criminalizando a atividade do fretamento colaborativo pelo não cumprimento do chamado “circuito fechado”, regra anacrônica que obriga os ônibus a ir e voltar com o mesmo grupo de passageiros. A regra do “circuito fechado”, que já foi sinalizada pelo Ministério da Economia como bandeira vermelha por ser anticoncorrencial e onerosa ao setor, foi feita para proteger o monopólio das velhas empresas de ônibus, que cobram um preço alto pelo serviço precário que oferecem à população.

A empresa afirma que, em casos em que a viagem é interrompida, ela dá todo o apoio aos passageiros, direcionando-os para táxis parceiros ou para a rodoviária e cobrindo 100% dos custos, para que concluam o trajeto com segurança.

O transporte por fretamento, que existe há décadas no Brasil, se popularizou e ganhou ainda mais relevância junto ao turismo brasileiro graças à tecnologia. Por atuar sob demanda, o modelo de fretamento colaborativo, lançado pela Buser, consegue diminuir os custos de operação e evitar a ociosidade, e o usuário consegue economizar na hora de fazer a reserva. O serviço, que não envolve venda de passagens, é realizado por meio de empresas de ônibus fretados que dispõem de todas as autorizações necessárias: elas precisam estar com os impostos em dia e são treinadas, além de contarem com licenças junto aos órgãos reguladores estaduais e federais. Ou seja, trata-se de um serviço regulamentado pelo Estado, dentro da legislação do fretamento.

Para que haja inovação e concorrência no mercado de transporte rodoviário de passageiros é preciso modernizar a legislação e acabar com os entraves que impedem que haja mais concorrência. Inclusive, esse é o desejo da grande maioria da população. Uma recente pesquisa da Quaest mostrou que 88% dos brasileiros defendem que as leis sejam alteradas para que haja mais empresas disputando o mercado de viagens intermunicipais. _

Toda tecnologia, quando surge, gera questionamentos, principalmente em um mercado como o de viagens de ônibus. Mas à medida que a inovação vai provando seus impactos positivos, a justiça vem criando uma jurisprudência favorável à Buser e ao fretamento colaborativo. Por isso estamos orgulhosos da nossa história, mantendo o papel de oferecer viagens de qualidade e com segurança a preço justo, contribuindo para o avanço da mobilidade urbana no País.

Assessoria de Imprensa da Buser

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