Faltam profissionais e importantes cidades estão com dados atrasados no Censo 2022 em Goiás

No estado, pouco mais de 56% dos setores censitários foram concluídos; em 7,7% o trabalho nem começou

Emilly Viana Emilly Viana -
Faltam profissionais e importantes cidades estão com dados atrasados no Censo 2022 em Goiás
(Foto: Divulgação)

Goiás enfrenta um déficit de pelo menos 980 recenseadores para atuar no Censo Demográfico de 2022. O problema, registrado em todo o país, levou o governo federal a publicar uma Medida Provisória (MP) flexibilizando as regras para a contratação de trabalhadores temporários.

A dificuldade de recrutar e manter os trabalhadores também forçou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a prorrogar o trabalho. Previsto inicialmente para se estender até 31 de outubro, a meta agora é concluir a os trabalhos até dezembro.

Os recenseadores já estão em campo há quase quatro meses com a missão de visitar todos os 2,8 milhões de domicílios existentes no estado. Apesar disso, apenas 56,6% dos setores censitários foram concluídos m Goiás. A captação de dados ainda está em andamento em 35% deles enquanto em 7,7% os trabalhos sequer foram iniciados.

Ao Portal 6, o supervisor de disseminação de informações do IBGE em Goiás, Hugo Oliveira, indica a reta final é o momento mais complicado da pesquisa. “Nesta fase, o grande dificultador é chegar nas áreas rurais. O recenseador recebe o auxílio locomoção, mas ele tem que ter uma condução para conseguir fazer a coleta, e isso já é um entrave”, afirma.

De acordo com o supervisor, Jataí, Mineiros e Rio Verde se destacam entre as cidades goianas mais defasadas. “É uma região onde o agronegócio domina e há um deslocamento intenso dos moradores. Mas, na capital, onde o mercado de trabalho de trabalho é mais aquecido, também há a dificuldade de encontrar essas pessoas em casa”, aponta.

A expectativa é conseguir recrutar os trabalhadores necessários o mais rápido possível. “Quanto mais próximo das festas de fim de ano, mais difícil achar as famílias nas residências. É importante que elas também se atentem a isso, já que privar as estatísticas é prejudicar as políticas públicas”, reforça.

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