Suspeito de estuprar bebê de 01 ano não foi indiciado por “falta de provas”

Laudo do IML já havia apontado lesão compatível com ato libidinoso

Pedro Hara Pedro Hara -
Suspeito de estuprar bebê de 01 ano não foi indiciado por “falta de provas”
Marido da babá também foi preso. (Foto: Arquivo pessoal)

Presos no dia 30 de dezembro, em Goiânia, a babá e o marido suspeitos de estuprar uma criança de 01 ano e 08 meses, não foram indiciados pelo crime.

Responsável pelo caso, a delegada Caroline Borges, explicou que não houve provas que pudessem configurar o delito.

A investigação foi concluída na quinta-feira (05) e enviada ao Judiciário após o exame não encontrar esperma no corpo da criança.

No entanto, o caso pode ter uma reviravolta, pois ainda faltam sair os resultados do exame de DNA, que a depender da conclusão, podem mudar a situação do casal.

“É um caso complexo, a menor não verbaliza. Pode ter sido um ato libidinoso, mas os machucados também podem ter sido causados por outras circunstâncias, que não o estupro. Por ora, não foi possível apurar a autoria, mas caso apareçam fatos novos, pode-se mudar a situação”, explicou Caroline Borges ao G1.

Após o envio do inquérito ao Judiciário, o Ministério Público recebeu, neste domingo (08), pedido de vistas de um juiz plantonista solicitando o parecer do órgão.

Relembre

No dia 29 de dezembro a mãe da criança foi socorrer a sogra que tinha entrado em coma, indo até a casa dela com o marido. Desta forma, a babá ficou cuidando da vítima juntamente com a filha mais velha do casal, de 18 anos.

Ao chegar em casa, a mãe foi informada pela filha mais velha que tanto babá quanto a criança foram para a casa da suspeita.

“Quando eu peguei minha filha, vi que ela estava com um machucado na testa e ela me abraçou como se tivesse pedindo ajuda. A babá falou que a marca era picada de pernilongo”, contou ao G1.

Após levar a criança ao médico, ela foi orientada a levá-la até o Instituto Médico Legal (IML), pois as lesões tinham características de abuso sexual.

O laudo do IML apontou que “não houve conjunção carnal”, mas confirmou a “presença de lesão de origem traumática compatível com ato libidinoso”.

Diante disso, a Polícia Civil (PC) foi até a casa dos suspeitos e os prenderam em flagrante.

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