Servidor do TJGO é afastado do cargo por suspeita de participação em atos terroristas em Brasília
Funcionário atuava no cargo de depositário judicial e estava lotado na comarca de Corumbá de Goiás
Uma sindicância em caráter sigiloso foi instaurada nesta sexta-feira (13), pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho, em substituição eventual do diretor do Foro da comarca de Corumbá de Goiás, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), para investigar a possibilidade de envolvimento de um servidor desta comarca nos atos terroristas que ocorreram em Brasília.
Os ataques de vandalismo nos três Poderes da República ocorreu no último domingo (08) e teve grande repercussão nacional com a depredação que os golpistas fizeram no interior do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto.
Segundo o TJGO, o funcionário da comarca atuava no cargo de Depositário Judicial.
Na determinação, o magistrado ressaltou que o envolvimento do servidor nos atos de vandalismo já está sendo investigado em sigilo pela Polícia Civil, além de que o mesmo foi afastado do serviço por cerca de 30 dias úteis para que a investigação possa ser devidamente concluída.
O juiz Marcos Boechat Lopes Filho ainda destacou que apurar as faltas e determinar as penas disciplinares cabíveis a todos os servidores envolvidos neste tipo de ato é de responsabilidade do Juiz de Direito, no exercício da Diretoria do Foro. Ademais, a decisão deve ser comunicada à Corregedoria Geral da Justiça.
O magistrado afirmou ter tomado conhecimento de um vídeo em que o investigado estava presente no interior de um ônibus que seguia rumo a Brasília e o mesmo incitava os demais passageiros a participarem dos atos que ocorreram na Praça dos Três Poderes.
Três servidoras públicas efetivas também foram nomeadas para participarem da comissão processante, assim como conduzirem a sindicância instaurada .
Foi determinado um prazo de 30 dias para a conclusão das investigações, com possibilidade de ser estendido se necessário for.
Durante este período, o servidor afastado vai precisar manter o endereço sempre atualizado para que seja possível encontrá-lo diante de todas as requisições processuais.
Ademais, o investigado não poderá adentrar nas dependências do fórum sem que obtenha prévia autorização para tal.