Saiba por que a usina termoelétrica de Anápolis não é usada para atrair indústrias para o DAIA
Mesmo inativa, ela recebe cerca de R$ 1,3 milhão por mês para manter a produção de energia
Uma termoelétrica, pertencente à empresa Usina Termoelétrica de Anápolis Sociedade Anônima, poderia atrair inúmeras novas indústrias para o Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIA). No entanto, especialista explica o que impede que isso ocorra.
Diretor administrativo do DAIA, Marlon Caiado contou ao Portal 6 que ela já chegou a produzir energia de acordo com a necessidade das empresas do distrito, todavia, atualmente se encontra desativada.
Ele também lamentou o fato da desativação, já que a usina poderia servir como um atrativo importante para indústrias de fora.
“Se ela estivesse ativada, logicamente atrairia novas indústrias para o DAIA, porque nós temos uma demanda reprimida de energia no distrito”, destacou.
Sem gerar eletricidade há quase cinco anos, a termoelétrica presente dentro do próprio DAIA causa questionamentos a respeito da funcionalidade, já que mesmo inativa, segue recebendo mensalmente cerca de R$ 1,3 milhão.
À reportagem, o mestre em engenharia elétrica, Adriano Machado dos Santos, ressaltou que para que possam funcionar, grande parte das termoelétricas do Brasil necessitam de uma autorização de um órgão responsável pelo setor.
“A maioria das termoelétricas do país funcionam com base em despacho centralizado, que é o termo técnico que a gente usa. Assim, o Operador Nacional de Sistema, que é um órgão público, que é quem vai decidindo o que vai ser acionado ou não no país”, explicou.
Segundo o especialista, mesmo quando não estão sendo utilizadas, as usinas precisam continuar recebendo verba para que possam garantir a operação, funcionando como uma espécie de reservatório.
“Elas são ativadas de acordo com a necessidade mesmo. Então, na maioria das vezes, essas termoelétricas continuam recebendo para manter em estado possível de operação, mesmo que elas não tenham que de fato entrar em operação. Elas são meio que um reservatório de energia de emergência”, pontuou.
Diretor administrativo do DAIA, Marlon Caiado lembrou que ela já chegou a produzir energia de acordo com a necessidade das empresas do distrito, todavia, atualmente se encontra desativada.