Com 48 milhões de visualizações, Paulinha, do meme Takitá, surfa na onda e relança músicas

Apesar do sucesso na web, a cantora não esconde um pouco de mágoa com a falta de interesse pelo seu trabalho em sua própria região

Folhapress Folhapress -
Com 48 milhões de visualizações, Paulinha, do meme Takitá, surfa na onda e relança músicas
Meme mulher Takitá. (Foto: Reprodução/Twitter)

JÚLIO BOLL

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Paulinha Lopes, 39, agora é a mulher Takitá. O meme, em que ela aparece agitando as mãos antes de se apresentar em um programa de TV, atingiu 48 milhões de visualizações nesta semana e segue rendendo frutos. Agora, a intenção é aproveitar essa repercussão toda para alavancar sua carreira como cantora.

Sobre o vídeo viral, que segue sendo utilizado pela web nas mais diversas situações, Paulinha confessa ter se surpreendido com tamanho sucesso –afinal, o material original é de 2015. Ele foi gravado em uma participação no programa “Tarde Legal”, da TV Nova Nordeste.

“Não sabia que eu fazia aqueles trejeitos, foi natural, real (risos). Depois entendi, com o pessoal no Twitter, que era a mãozinha que fazia toda a diferença”, conta ela ao F5. Com tanta projeção, Paulinha resolveu apostar de novo em sua carreira e vem relançando as músicas que gravou com a Takitá, banda do vídeo viral e que ela deixou em 2017.

A primeira, no final de fevereiro, foi “Espaços e Vazios”, claro — é a canção que toca ao fundo, no vídeo que viralizou. No último dia 10 de março, foi a vez de “Tudo Acabou”, outro hit da Takitá. Foram, até agora, quatro regravações, e ela tem planos bem maiores. “Quero um álbum de inéditas, com clipe”, anuncia.

O meme trouxe a visibilidade que Paulinha não teve em seus cerca de dez anos de carreira, sempre em dupla jornada. Pioneira, é considerada a primeira artista trans de Pernambuco vocalista de uma banda e, em paralelo à vida artística, trabalha como funcionária pública municipal de Igarassu, no Grande Recife.

Apesar do sucesso na web, a cantora não esconde um pouco de mágoa com a falta de interesse pelo seu trabalho em sua própria região. “Não tive tanta viralização do meu conteúdo aqui. Acredito que as pessoas estão distantes, não querem enxergar a luta dos outros”, diz, numa referência à defesa da causa LGBTQIA+. “Levanto uma bandeira que não é só minha, existem tantas outras pessoas cantando e que sonham com algo parecido com o que estou vivendo… Esses ‘nãos’ durante a trajetória nos fortalecem”.

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