Goiânia adia meta de ter ônibus elétricos após nenhuma empresa demonstrar interesse em oferecer o serviço
Marcado por polêmicas, edital chegou a ser questionado na Justiça e um novo será publicado em breve
A Secretaria-Geral de Governo de Goiás informou que nenhuma empresa apresentou proposta durante o pregão para a aquisição de 114 ônibus elétricos para a Metrobus, realizado nesta segunda-feira (27).
A iniciativa, que tem como objetivo atender ao Eixo Anhanguera, tem gerado polêmica desde que a Enel entrou na Justiça com um pedido de impugnação para suspender o processo de licitação.
O requerimento foi feito no sábado (24). No entanto, o governador Ronaldo Caiado (UB) apontou outras ações da companhia que ele considerou como uma tentativa de boicote.
Segundo o político, o prazo final para envio de recursos se encerrou no último dia 23. Entretanto, próximo de estourar o período determinado, às 22h, a empresa encaminhou mais de 100 questionamentos em âmbito administrativo, solicitando a suspensão do certame.
Um dia depois, a Metrobus – responsável pelo processo licitatório – teria respondido a todos as perguntas feitas pela Enel. Mesmo assim, a empresa deu prosseguimento ao mandado de segurança para suspender a licitação.
Ainda no domingo (26), a 1ª Vara da Fazenda Estadual da Justiça de Goiás rejeitou o pedido da companhia e manteve o pregão eletrônico.
Caiado ainda fez declarações pesadas sobre a empresa, afirmando que “a Enel é uma facção criminosa, um braço da máfia italiana que quase destruiu o sistema de energia do Estado e agora está querendo impedir e prejudicar as melhorias no transporte coletivo de Goiânia, num gesto de retaliação pela saída de Goiás”.
A Secretaria-Geral do Governo de Goiás pontuou que um novo edital será publicado em breve, dentro dos prazos determinados pela legislação e cumprir a meta da locação dos ônibus.