Equatorial Goiás está entre as três piores concessionárias de energia de 2022, segundo ranking da ANEEL

Empresa é a antepenúltima, perdendo somente para a Equatorial Maranhão e a Equatorial Rio Grande do Sul

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Equatorial Goiás está entre as três piores concessionárias de energia de 2022, segundo ranking da ANEEL
Grupo aponta que recebeu uma rede elétrica defasada no início das operações (Foto: Emilly Viana/Portal 6)

A Equatorial Goiás, empresa responsável pela distribuição de energia no estado, figurou no 27º lugar entre 29 concessionárias de grande porte no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), carregando o bastão adiante de uma longa tradição de péssimas colocações de Goiás.

Como a Equatorial iniciou a compra da concessão do controle da Enel em setembro de 2022 e, em janeiro deste ano, herdou as condições deixadas pela empresa praticamente expulsa do estado, vale destacar que a posição não reflete inteiramente as ações da nova concessionária, como ressalta em nota, solicitada pelo Portal 6.

Ainda assim, a ocupação dos últimos lugares pela Equatorial no Maranhão e Rio Grande do Sul, penúltimo e último lugar, não é um bom sinal para os goianos. Considerando que a empresa iniciou o ano comunicando um plano extenso de 100 dias para ampliar as subestações em Goiás, período este que finaliza no próximo dia 10 de abril, o mercado finalmente poderá analisar os primeiros resultados.

Em 2021, a Enel estava na mesma posição, assim como a Equatorial Maranhão e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), do Grupo Equatorial, do Rio Grande do Sul.

Já em 2020, Goiás manteve sua posição mais uma vez. Em 28º lugar, a Enel Ceará e, em 29º, a CEEE novamente. A história se repete em 2019, quando a Enel GO estava no penúltimo lugar, e em 2018, quando alcançou a última posição.

Divulgada na última quinta-feira (29), a pesquisa da Aneel analisou todas as concessionárias do país entre janeiro e dezembro de 2022, divididas entre dois grupos: as de grande porte, com mais de 400 mil unidades consumidoras e pequeno porte, com valor menor ou igual a 400 mil.

O ranking é calculado com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC), que, por sua vez, é formado pela comparação de dois valores. O primeiro é do tempo, em média, que cada unidade consumidora ficou sem energia, nomeado como Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC).

O segundo é o número de interrupções ocorridas, em média, no período observado, ou Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC).

O problema se mostra grave, visto que, em 2022, enquanto os primeiros colocados giram em torno de um DGC de 0,60, as concessionárias em Goiás registram a valores próximos de 1,30, sendo que quanto mais baixo, melhor. Na prática, isso representa mais tempo sem energia e mais casos de problemas ao redor do estado.

Leia a nota da Equatorial na íntegra:

A Equatorial Goiás esclarece que assumiu a distribuição de energia no Estado em 29 de dezembro de 2022 e os resultados apresentados no ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica são referentes à antiga gestão. O Grupo Equatorial Energia é reconhecido pelo modelo de gestão que preza pela eficiência e melhor alocação de recursos, com atenção à segurança e meio ambiente.

Conforme já ressaltado pela Equatorial, somente nos primeiros meses de atuação em Goiás, já foram registradas 31,44% menos reclamações na Agência Goiana de Regulação, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Logo no início da sua operação em Goiás, a Equatorial anunciou um plano de ações e investimentos para a gestão da distribuição de energia elétrica no Estado, com foco em investimentos estruturais na melhoria de distribuição de energia, no desenvolvimento do Estado e no atendimento à demanda reprimida, com novas linhas de distribuição e subestações.

Somente neste semestre, a companhia concluirá entregas importantes para o Estado, entre elas: a nova Subestação Riviera, em Goiânia, e a entrega de uma demanda histórica para Goiás com a conclusão da Linha de Alta Tensão Barro Alto – Goianésia, que viabilizará a conexão de novos clientes e o atendimento às solicitações de aumento de carga.

Além disso, a companhia entregará, no próximo dia 14, o novo complexo de alta tensão Aparecida de Goiânia, com uma nova subestação e uma nova linha de distribuição de energia, fruto de um investimento de R$ 75 milhões que garantirá a melhoria do fornecimento de energia para cerca de 150 mil clientes que atenderá não só o município de Aparecida como todo o Distrito Industrial do município.

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