Minimercados autônomos conquistam espaço em condomínios de Goiânia
Lojas oferecem itens de limpeza até bebidas alcoólicas para moradores
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Cada vez mais condomínios verticais optam por incluir mercados autônomos nas dependências, com o objetivo de facilitar o dia a dia dos moradores. A tendência se deu principalmente por conta da pandemia de Covid-19, quando era necessário ficar em casa.
Uma empresa que surgiu por conta dessa procura foi a LêPá Home Store. O proprietário, Leo Félix Adorno, contou ao Portal 6 que fundou a empresa especializada em montar e gerenciar lojas autônomas após fazer buscas por fornecedores para seu próprio condomínio. Como Leo já possui experiência em supermercado, aceitou o desafio.
No mercado há apenas um ano, a LêPá já gerencia cinco unidades, duas no Setor Residencial Eldorado, duas no Setor Oeste e uma no Setor Leste Universitário, e ainda está com expectativas de um crescimento expressivo. “Para 2023, espero abrir pelo menos uma loja por mês”.
O morador de um condomínio no Setor Marista, Thiago Teles, de 27 anos, explica que usa bastante o mercado presente no local, principalmente em horários em que outros estabelecimentos não estão abertos e para casos pontuais. “Vou quando estou fazendo uma sobremesa e preciso de mais creme de leite ou leite condensado, por exemplo. É muito útil”, relata.
O minimercado não possui atendente, então o morador realiza sua própria compra com apoio da tecnologia. “Abastecemos as unidades com cerca de 400 itens e cada um deles tem um código de barras”, explica o proprietário da LêPá.
Como o método informa quantas unidades cada item possui, toda semana, a equipe vai até as lojas e realiza a manutenção, que inclui a reposição de produtos com prazos de validade menores e organização. Todo mês, a empresa realiza uma checagem de todos os produtos. A venda, por sua vez, é feita por totem digital, com opções de pagamento como crédito, débito, PIX e carteiras digitais.
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(Foto: Divulgação/LêPá Home Store)
A LêPá utiliza um sistema de cadastro em suas unidades, em que o morador só tem acesso ao mercado ao se identificar. Portanto, essa medida diminui as incidências do maior problema que o setor enfrenta: furto.
“Trabalho com condomínios de cerca de 500 apartamentos. Em cada loja, temos quatro câmeras e uma central que monitora e ainda assim existem aqueles que pegam produtos sem pagar”, relata Leo. Quando isso acontece, a equipe entra em contato com a pessoa e informa que houve falha de pagamento.”
De acordo com o dono, na maior parte das vezes, as pessoas realizam a transferência na hora. No entanto, há uma pequena porcentagem que se recusa e a ação entra no âmbito jurídico. “Tem pessoas que agem de má fé e tem aqueles que realmente fizeram a leitura do código errado, por exemplo”.
O recurso não é um custo para o condomínio. A contratação ocorre na base de uma troca, enquanto o local cede espaço, os moradores ganham a comodidade de ter um minimercado autônomo disponível 24 horas por dia, 07 dias por semana.