Marido que matou esteticista de Abadia de Goiás torna-se réu e corpo será exumado
Ele confessou a autoria do crime ocorrido em fevereiro deste ano, e responderá por homicídio qualificado
Após denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), Reginaldo Nunes se tornou réu pelo assassinato da esposa, a esteticista Juscelia de Jesus Silva, de 32 anos. Responsável pelo caso, o juiz Antônio Fernandes de Oliveira também deu a autorização necessária para que o corpo da vítima seja exumado.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano, no entanto, o magistrado recebeu a queixa expedida pelo promotor de Justiça José Carlos Miranda Nery Júnior somente na última quinta-feira (20).
À época, a mulher ficou desaparecida entre os dias 14 e 19 de fevereiro, quando foi encontrada por um ciclista às margens da GO-469. O corpo da vítima estava nu e dentro de um saco plástico, na zona rural de Abadia de Goiás.
Por conta de mensagens supostamente enviadas por ela para parentes, durante as fases iniciais da investigação, acreditava-se que a esteticista teria sumido ao comparecer à uma entrevista de emprego, em Goiânia.
Entretanto, agora a polícia trabalha com a hipótese do marido ter forjado as mensagens mandadas por ela no dia, tanto relatando a ida à entrevista quanto afirmando que voltaria sozinha com um motorista de aplicativo.
Isso porque não foram encontrados registros da candidatura dela para nenhuma vaga, e nem sequer do Uber que Juscelia teria pedido, como constava nas conversas tidas pelo celular.
Reginaldo Nunes foi preso no dia 22 de fevereiro, após a Polícia Civil (PC) identificar incongruências nas versões que estavam sendo prestadas.
Posteriormente, o homem confessou em depoimento a autoria do assassinato e relatou que a esposa tinha com ele uma dívida no valor de R$ 13 mil.
Eles estavam juntos há 17 anos, e têm uma filha de 09 anos, contudo a situação dos débitos e as dificuldades financeiras haviam tempestuado a relação.
Agora, o confesso está sendo acusado de homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de asfixia e fazendo uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Foi tipificado também como crime motivado por razões da condição do sexo feminino, enquadrado como violência doméstica e familiar, além da denúncia de ocultação de cadáver da vítima.