“Isso é um absurdo, um descaso total”, diz mulher após mais de 05h de espera na UPA de Anápolis

Ela contou que estava com uma amiga, que está em estado gravíssimo por conta de um tumor e precisava de um exame de urgência

Isabella Valverde Isabella Valverde -
Ana Cláudia revelou ter passado mais de 05h esperando atendimento para a amiga. (Foto: Reprodução)“Isso é um absurdo, um descaso total”, diz mulher após mais de 05h de espera na UPA de Anápolis
Ana Cláudia revelou ter passado mais de 05h esperando atendimento para a amiga. (Foto: Reprodução)

Cansada de aguardar por horas sem qualquer suporte, Ana Cláudia Luz decidiu expor a situação delicada em que inúmeros anapolinos estão tendo que enfrentar para conseguir atendimento na UPA Dr. Alair Mafra Andrade, localizada no bairro Vila Esperança, em Anápolis.

Vídeos gravados pela mulher no local mostram a recepção lotada e os pacientes comentam estar há tempos apenas na espera, tendo até mesmo quem esteja pouco mais de sete horas.

Ao Portal 6, Ana Cláudia contou que estava acompanhando a amiga, que está em estado gravíssimo por conta de um tumor e precisava passar por um exame de urgência para realizar uma cirurgia.

Elas estavam com uma bebê de colo de somente dois meses de vida e temiam que a garotinha pudesse se infectar por conta da quantidade de pessoas, principalmente por estarem há mais de cinco horas aguardando.

“Isso é um absurdo, um descaso total. Os pacientes estão largados, pacientes graves sem qualquer suporte. Tem gente com fome pelo tempo que está aguardando e não tem um lanche”, afirmou.

Preocupada com a saúde da bebê, Ana Cláudia precisou deixar a amiga sozinha e voltar para casa para preservar a pequena.

Em um vídeo gravado por ela, uma senhora grita pedindo pela imprensa para que o descaso em que o filho se encontra seja noticiado.

“Se o meu filho morrer todo mundo vai pagar. Chama a televisão. Cadê o prefeito? Se acontecer alguma coisa com o meu filho aqui, você vai ver o que eu vou fazer aqui com essa cidade. Não tem um médico aqui”, clama a mãe.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.

 

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