A cada cinco lojas de rua, duas estão fechadas em Goiânia

Levantamento é do Sindilojas e consultou mais de 4.500 pontos na capital

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Avenida Bernardo Sayão, em Goiânia. (Foto: Divulgação)
Avenida Bernardo Sayão, em Goiânia. (Foto: Divulgação)

As sequelas deixadas pela pandemia da Covid-19 seguem afetando o comércio em Goiânia. Um levantamento realizado pelo Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO) aponta que a cada cinco lojas encontradas na capital, duas estão fechadas.

A pesquisa foi realizada em fevereiro de 2023 e consultou 4.532 pontos comerciais de ruas presentes nas avenidas Anhanguera, Araguaia, Tocantins, Rua 74, Mutirão, Independência, Rio Verde, Assis Chateaubriand, 24 de Outubro e Bernardo Sayão. A margem de erro é de 2%.

Do total, de acordo com o relatório, 2.043 lojas estavam fechadas, ou seja 45%. A justificativa, segundo o Sindilojas, é que os estabelecimentos não conseguiram suportar os danos decorrentes da pandemia.

“Quando o comércio de rua enfraquece, a economia da cidade também esmorece. Não são só CNPJ’s que deixam de existir, mas milhares de empregos, renda de muitas famílias e arrecadação tributária, prejudicando os investimentos feitos com os impostos arrecadados”, afirmou o presidente do Sindilojas-GO, Cristiano Caixeta.

Para ele, boa parte dos estabelecimento também optaram por migrarem para o e-commerce a fim de diminuir os custos, como água, energia e entre outros.

De acordo com Cristiano, a alta carga tributária, aliado ao endividamento das famílias e das empresas, crise de confiança dos bancos na liberação de linhas de crédito, elevadas taxas de juros, inflação e crescimento da inadimplência também são fatores que prejudicam a continuidade das lojas no mercado.

“Os governantes precisam criar meios de socorrer o setor produtivo, que tanto contribui para a empregabilidade em Goiás e no Brasil. Uma alternativa seria abrir crédito subsidiado através do BNDES, como foi feito na pandemia; já é um alento para as micros, pequenas e médias empresas”, argumenta.

Segundo o economista Aurélio Troncoso, o cenário chega a ser ainda mais alarmante ao considerar a quantidade de pontos comerciais fechados na região da 44.

De acordo com ele, 2,5 mil lojas foram cerraram as portas, o que representa uma perda de arrecadação tributária anual pela prefeitura e pelo estado de R$ 147,8 milhões.

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