Paralisação de motoristas de aplicativo tem adesão parcial da classe em Anápolis

Ao longo do dia, diversos profissionais aderiram ao movimento que cobra taxas mais justas nas corridas

Davi Galvão Davi Galvão -
Paralisação de motoristas de aplicativo tem adesão parcial da classe em Anápolis
Concentração dos motoristas ocorreu na Praça Dom Emanuel. (Foto: Davi Galvão)

Nesta segunda-feira (15), diversos motoristas de Anápolis se uniram para aderir aos protestos nacionais de paralisação dos aplicativos de transporte.

Alguns trabalhadores se concentraram na Praça Dom Emanuel e se recusaram a aceitar corridas durante o dia, cobrando valores mais justos da plataforma.

Ao Portal 6, Rodrigo Bastos, um dos primeiros motoristas cadastrados pela Uber em Anápolis, explicou um pouco mais sobre os motivos da greve e o que ele e os colegas reivindicam.

“Quando nós iniciamos, há seis anos, a Uber cobrava uma taxa fixa de 25%, o que já era muito. Mas era outro cenário, com combustível mais barato, manutenção mais barata, e com isso só foi aumentando. Agora ela [a Uber] cobra uma taxa variável, que chega a até 50% do valor das viagens”, revelou.

A concentração, que teve início à meia-noite desta segunda-feira (15), tem previsão de encerrar apenas na virada para terça-feira (16), de acordo com o profissional.

Rodrigo, que discursou ao longo do dia, lamentou sobre os passageiros que dependem dos aplicativos de transporte para o dia da manifestação, mas que era uma medida necessária para quem ganha a vida com isso.

“Já está ficando inviável continuar trabalhando com eles [os aplicativos] cobrando cada vez mais das corridas da gente, estamos quase que pagando para trabalhar”, declarou.

Ele ainda lamentou a falta de união por parte da classe, fator que contribuiu para que alguns não aderissem à paralisação, mas afirmou estar contente com a participação do dia.

No começo da tarde, era possível ver aproximadamente 70 veículos estacionados, mas ele garantiu que ao longo da manhã, um total de cerca de 150 motoristas já haviam passado por lá.

A Redação tentou entrar em contato com a Uber, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

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