Para além do trabalho, bicos ganham cada vez mais espaço na rotina dos goianienses

Necessidade de garantir um complemento de renda e ajudar nas despesas tem motivado profissionais a realizarem serviços

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Pesquisadora Sthefany Santos.
Pesquisadora Sthefany Santos. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Gastos imprevisíveis, baixa remuneração e a necessidade de garantir um complemento extra para dar conta das despesas são situações que têm empurrado alguns moradores de Goiânia a colocar mais um ingrediente na rotina: os ‘bicos’.

Quando a necessidade de obter uma ‘grana a mais’ no fim do mês bate na porta, trabalhos extras como garçonete, bartender, e serviços gerais, executados no final de semana, servem como uma espécie de ‘quebra-galho’ para aqueles que buscam um alívio no bolso.

É o caso da técnica em alimentos Sthefany Santos, de 21 anos. Apesar de atuar como pesquisadora, a profissional revela que, há 07 meses, tem realizado ‘bicos’ para conseguir ajudar a mãe nas despesas da casa e conseguir um complemento nos ganhos.

Segundo Sthefany, os trabalhos mais comuns realizados são como atendente, auxiliar de garçon e serviços ligados à linha de produção de algumas fábricas de doces.

“No início, esses trabalhos informais foram minha única fonte de renda por alguns meses, mas atualmente, essa renda está complementando o valor que recebo no projeto que trabalho”, destaca ela ao Portal 6.

Outro caso semelhante é o de uma analista de marketing, de 24 anos, que preferiu não se identificar. No caso dela, os ‘bicos’ são atividades já conhecidas e realizadas desde 2021.

Ela conta que devido às consequências da pandemia da Covid-19, teve que recorrer aos trabalhos extras para conseguir abrir uma loja de lingerie online.

“O freela foi o respiro para eu ter a loja. Normalmente eu fazia freelas a noite. Fiquei durante uns cinco ou seis meses fazendo isso e ganhava em média R$ 100 ou R$ 120 por semana” conta.

Assim como Sthefany, ela diz que os trabalhos mais comuns feitos por ela são ligados à área de atendimento em restaurantes e bares, como garçonete e atendente.

Mas apesar de ter sido contratada em uma empresa do setor imobiliário, no início deste ano, a profissional garante que ainda recorre aos trabalhos extras para lidar com gastos imprevistos.

“Hoje o meu emprego é a minha principal fonte de renda, mas ainda pego trabalhos extras quando estou desesperada ou quando tenho uma conta nova. Em abril, por exemplo, teve o IPVA do meu carro para pagar, que é uma conta que não tá ali todo mês, então vou lá fazer”, diz.

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