Ginecologista preso por crimes sexuais é investigado por estupro contra adolescente de 13 anos

Até o momento, segundo a Polícia Civil, 13 pessoas já denunciaram formalmente profissional

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Médico Ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos (Foto: Divulgação/PCGO)

O caso sobre o médico ginecologista Fábio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, que foi preso, na quinta-feira (20), após denúncias de crimes sexuais, ganhou um novo desdobramento nesta semana. Além das acusações, o homem também está sendo investigado por um suposto estupro de uma adolescente, de 13 anos.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Amanda Menuci, o crime teria ocorrido em 2002 durante a primeira consulta ginecológica da garota, que era virgem.

Segundo a Polícia Civil (PC), na época, o delito era tratado como atentado de violência ao pudor e que, devido a atualização da lei, o caso requer uma análise mais profunda para saber quais situações ainda são puníveis.

Até o momento, conforme as autoridades, 13 pessoas já denunciaram formalmente o profissional.

O caso veio à tona após a divulgação de um vídeo que mostra o médico sendo socado por um marido de uma paciente, identificado como Tiago Bernardes. O episódio ocorreu no dia 27 de junho.

Na ocasião, Fábio, que atendia no consultório no setor Novo Horizonte, foi abordado por um homem, que o acusou de ser “abusador de mulher” e, em seguida, o agrediu com socos. Ele foi encaminhado até uma Central de Flagrantes do município e preso.

Em depoimento à PC, o homem alegou que a atitude ocorreu após a esposa dele, que estava grávida de oito meses, afirmar que havia sido abusada pelo profissional durante uma consulta.

Após a repercussão do caso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu uma nota afirmando que o médico é servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, “cedido ao município de Goiânia, com ônus para o Estado de Goiás” e atua no Ciams desde 2014.

De acordo com a pasta, nenhuma denúncia sobre crimes desse tipo contra o profissional foi recebida durante o período, mas que o profissional está afastado desde o dia 30 de junho deste ano.

A secretaria também alegou que preza pelo acolhimento e qualidade da assistência e que não compactua com atos de desrespeitos aos usuários.

Já o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) afirmou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo órgão tramitam em total sigilo.

Leia a nota da SMS:

A respeito da demanda enviada por esse veículo de comunicação, referente à prisão de um médico ginecologista, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece o que se segue:

O profissional médico é ginecologista, servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, cedido ao município de Goiânia, com ônus para o Estado de Goiás. O profissional está lotado no Ciams Novo Horizonte desde 2014.

Durante este período, a SMS não recebeu nenhuma denúncia contra o profissional. Desde o dia 30 de junho passado, ele está afastado da unidade de saúde.

A secretaria acatará qualquer determinação judicial sobre o caso.

Ressalta-se, que a secretaria não compactua com atos de desrespeito aos usuários e preza pelo acolhimento e qualidade da assistência.

Leia a nota do Cremego:

Todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) ou das quais tomamos conhecimento são apuradas e tramitam em total sigilo, conforme determina o Código de Processo Ético-Profissional Médico.

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