Avanço imobiliário pode contribuir com o desaparecimento de patrimônio histórico de Anápolis
Pesquisador da UFG afirma que município deve fazer trabalho de conservação e revitalização de edifícios que estão abandonados
Relembrar a história de uma cidade é fundamental para a construção de uma identidade popular. Porém, uma pesquisa apontou que o avanço imobiliário pode estar acabando com o patrimônio histórico de um dos bairros pioneiros de Anápolis.
Ao Portal 6, o arquiteto Mário Calaça Júnior, afirmou que esse fenômeno está acontecendo na Vila Industrial, importante ponto na trajetória do município, mas que hoje passa por uma situação de descaso.
Na dissertação “Paisagem e patrimônio: o caso da Vila Industrial em Anápolis – GO”, realizada para obtenção de mestrado na Universidade Federal de Goiás (UFG), o pesquisador indicou que o Poder Público não se preocupou em revitalizar os prédios históricos da região, para que servissem à população.
Dentre os pontos apontados, estão a Estação Ferroviária Engenheiro Castilho, a Praça do Coreto e o Moinho Catarinense.
“Eles não podem ficar lá no passado. Tem que se entender a importância deles antes e trazê-los para o nosso tempo”, argumentou.
Um bom exemplo dessa adequação para a modernidade é o armazém metálico, que é usado para abrigar as secretarias municipais da Prefeitura. Ainda assim, o estado de conservação do local é inadequado.
Mário apontou ainda que a Vila Industrial atualmente tem um grande potencial de exploração econômica, por se localizar próximo ao Jundiaí.
No entanto, ele garante que a manutenção dos prédios históricos é importante para que Anápolis consiga retomar os vínculos com a memória e identidade de cidade.