Após provocação do MPGO, maternidades de Goiânia retornam atendimentos eletivos
Administração municipal afirmou que valores em aberto serão validados e, em seguida, apresentados em cronograma de repasses
Sete dias após o anúncio de paralisação nas maternidades Célia Câmara, Dona Íris e Nascer Cidadão, devido a falta de repasses por parte da Prefeitura de Goiânia, as unidades de saúde retornam com os atendimentos eletivos (consultas, exames e cirurgias) nesta segunda-feira (25).
A decisão aconteceu após o Ministério Público de Goiás (MPGO) encaminhar uma recomendação à administração municipal solicitando o envio de recursos para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) – instituição responsável pela gestão nos locais – a fim de retomar os serviços.
Assim, a prefeitura realizou um repasse de R$17.068.180,90 à Fundahc destinados ao pagamento dos funcionários, vale alimentação, notas em aberto de profissionais contratados como Pessoa Jurídica e de fornecedores, permitindo a entrega de insumos.
Em nota enviada ao Portal 6, a administração ainda afirma que os valores em aberto serão validados e, em seguida, apresentados em um cronograma de repasses.
Ao todo, os valores atrasados nas três maternidades nos últimos três meses somavam mais de R$ 43 milhões.
Do total, R$ 5 milhões foram repassados no dia 13 de setembro e serviram para quitar a folha de pagamento, mas não impediu que a paralisação das atividades não-emergenciais ocorresse.
Vale lembrar que as três unidades de saúde realizam mensalmente, em média, mil partos, 17 mil exames laboratoriais e de imagem, além de 3,4 mil consultas médicas, 240 cirurgias eletivas e 5,8 mil atendimentos de urgência e emergência.