”Parece que não se importam”, diz mãe após descobrir pelas redes sociais que greve iria paralisar aulas do filho

Servidores da educação na capital reivindicam pagamento da data-base e um novo plano de carreira

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
”Parece que não se importam”, diz mãe após descobrir pelas redes sociais que greve iria paralisar aulas do filho
(Foto: Reprodução)

O servidores da rede municipal de educação de Goiânia decretaram greve nesta segunda-feira (02) e, com isso, pais e responsáveis têm ficado inseguros.

Concentrada entre aqueles que atuam na administração das escolas, além dos serviços gerais, a greve já surtiu efeitos em algumas unidades. Enquanto alguns locais realocaram professores para os cargos vagos, outras não conseguiram e fecharam as portas.

Este último caso acometeu a unidade escolar da filha de Viviane Rios, que cursa o terceiro ano do ensino fundamental. Cecília, de 08 anos, estuda na Escola Municipal Izabel Esperidião Jorge, contudo, ficou sem aula já na última terça-feira (26).

Na segunda (02), a escola também não teve aula. Com isso, Viviane, que já pensava em tirar a filha da unidade, se organizou mais rapidamente. “Acho que vão ficar a semana inteira sem aula. Ela já vai começar na Escola Infantil São José semana que vem”. Neste meio tempo, Cecília fica aos cuidados de familiares.

Segundo ela, notícia de que não teria aula não sequer chegou diretamente para a família, mas sim por meio de jornais e redes sociais. “Gera desconfiança, insegurança, porque parece que não se importam”.

Reinvindicações

A decisão da greve foi tomada em assembleia na última sexta-feira (29). Os servidores pedem o pagamento da data-base da categoria que ainda não ocorreu em 2023, sendo que houve um reajuste de 6%. Vale destacar que a maioria dos funcionários recebe em média R$ 1.320,00.

Além disso, os trabalhadores reivindicam um novo plano de carreira e a equiparação do auxílio locomoção. Atualmente, a Secretaria Municipal da Educação (SME) analisa as demandas apresentadas.

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