“Não consigo nem sair de casa sozinha”, diz mulher que foi esfaqueada pelo ex

Suspeito teria batido nela, quebrado celular e a trancado dentro de casa

Da Redação Da Redação -
“Não consigo nem sair de casa sozinha”, diz mulher que foi esfaqueada pelo ex
Vítima alega ter sido esfaqueada pelo ex-companheiro. (Foto: Reprodução)

“Não acho ninguém para me ajudar, ele está a solta, sei que vai vir atrás de mim de novo”. Esse é o grave relato de uma moradora de Anápolis que alega ter sido perseguida, violentada e esfaqueada pelo ex em uma crise de ciúmes, que ainda culminou em mensagens de áudio com ameaças de morte.

A vítima, de 36 anos, conversou com o Portal 6, e contou que começou a se relacionar com o homem em maio deste ano.

Segundo ela, a primeira agressão teria ocorrido no dia 23 de setembro, quando o suspeito teria batida nela, destruído o computador e o celular que possuía e a deixado trancada dentro da casa onde ela mora com a mãe.

Por ser idosa, a genitora não conseguiu socorrer a filha e autoridades policiais tiveram de ser acionadas para libertá-la, além de colher informações sobre o indivíduo, que já possui passagem por tráfico de entorpecentes.

Apesar disso, ela revelou que, neste primeiro momento, como o ex se comprometeu a pagar pelos bens materiais danificados e a não mais tomar atitudes violentas, resolveu não dar prosseguimento com o processo e, assim, “dar mais uma chance”.

Porém, a vítima afirmou que as crises de ciúmes se tornaram mais frequentes e a relação não parecia estar melhorando. Assim, decidiu colocar um ponto final após mais uma agressão.

“Eu estava no Parque da Matinha, depois de terminar de vez e ele me abordou lá, e me bateu muito, falando que ia me matar. Ele tirou uma faca de cozinha e partiu para cima de mim, se eu não tivesse me defendido, eu tenho certeza que ele teria me matado ali mesmo”, relembrou amedrontada.

“Ele ainda correu e pediu ajuda para uma viatura, como se eu fosse a agressora, e ele apenas se defendido. Foi no hospital, quando eu contei o que aconteceu para os médicos, que eles chamaram a polícia, e aí eles prenderam ele”, contou.

Apesar de ter formalizado a denúncia na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a prisão não foi mantida por “não haver prova quanto a materialidade do crime”.

Sendo assim, o indivíduo foi submetido a monitoramento eletrônico e, agora, não pode se aproximar de uma distância de 300 metros da vítima.

“Ainda assim, ele manda áudios me ameaçando, falando que eu mereci tudo o que aconteceu, e que eu ainda vou pagar para ver”, revelou.

Apesar disso, dado o histórico de agressões e ameaças, ela ainda não é capaz de se sentir segura em casa ou nas ruas, com as cicatrizes no corpo a lembrando constantemente do perigo que corre.

“O monstro ainda está solto, não consigo nem sair de casa sozinha mais”, desabafou.

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