Entenda como tia de jovem que filmou o próprio assassinato foi peça chave para descoberta do caso
Suspeito foi preso em flagrante e responderá pelo crime de homicídio qualificado
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
A descoberta sobre o assassinato da jovem Ielly Gabriele Alves, de 23 anos, que foi morta a tiros pelo próprio namorado, Diego Fonseca Borges, de 27 anos, teve como peça chave a atuação da tia da vítima, que foi responsável por encontrar o vídeo do exato momento em que o suspeito atira contra ela. O crime aconteceu no sábado (04), em Jataí.
De acordo com o delegado da Polícia Civil (PC), Thiago Saad, logo após o depoimento do suposto autor, a familiar compareceu até a delegacia portando o aparelho da jovem.
Assim, a mulher, que sabia a senha do telefone, conseguiu desbloquear o celular e revelar para as autoridades o vídeo que mostrava o exato momento em que a vítima gravava o disparo, que ocasionou a morte dela.
Ainda no local, a tia de Ielly também teria afirmado que a jovem era vítima de violência doméstica por parte do suspeito. No entanto, não há registros do crime relacionando a jovem e Diego.
Segundo o delegado, além da gravação, o suposto autor também apresentou versões diferentes sobre o fato afirmando que o crime teria acontecido quando ele e a jovem trafegavam pela Avenida Tancredo Neves em um veículo Volkswagen Gol.
De acordo com o suspeito, nesse momento, dois indivíduos teriam passado em uma moto e disparado duas vezes contra eles, a acertando no tórax – narrativa que, posteriormente, foi invalidada pela polícia.
A vítima chegou a ser levada pelo homem até o Hospital das Clínicas, onde recebeu atendimento, mas faleceu no ambiente. A Polícia Militar (PM) foi acionada e esteve no local.
Após as divergências e o encontro da gravação, ele foi preso em flagrante e responderá pelo crime de homicídio qualificado, podendo pegar de 12 a 30 anos de prisão.
Vale lembrar que Diego já tinha passagens pela polícia pelos crimes de violência doméstica, injúria – ambos praticados contra uma ex-companheira – e por roubo.