“90 dias para Casar”: goiana que participou de reality internacional revela detalhes do programa e da história de amor

Casal mora na Carolina do Norte, já está junto há mais de 10 anos e possui dois filhos

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
“90 dias para Casar”: goiana que participou de reality internacional revela detalhes do programa e da história de amor
Kirlyam e Alan Cox e os dois filhos do casal. (Foto: Arquivo Pessoal)

Nem mesmo os 7.702 km de distância, as diferenças culturais ou a falta de experiência com o inglês serviram como impasse para que a goianiense Kirlyam Cox, de 31 anos, abandonasse a capital para ir atrás do amor do estadunidense Alan Cox, de 39 anos.

A história do casal não ficou apenas nos bastidores e acabou sendo tema central da primeira temporada do reality-show “90 Dias para Casar”, que estreou em 2014 e mostra casais – que já estão noivos – formados por homens que vivem nos Estados Unidos (EUA) e de mulheres de outra parte do mundo.

Em entrevista ao Portal 6, a ex-participante conta que o primeiro contato que teve com o marido aconteceu quando ela tinha apenas 11 anos de idade e o atual companheiro, 20 anos.

Na época, Alan – que assim como ela pertence a religião mórmon – cumpria uma missão no Brasil. Apesar do encontro, devido a diferença de idade, ambos apenas desenvolveram uma amizade.

A paixão e o início da relação teve início anos mais tarde, após o estadunidense retornar a Goiânia para o casamento de uma amiga em comum e reencontrar Kirlyam.

“Sete anos depois ele voltou para Goiânia para o casamento de uma amiga, em 2011. Ele procurou meu irmão e eu pelo Facebook e começamos a conversar. Como ele falava português a gente conversava em português, eu mesmo não sabia falar nada de inglês”, relembrou.

Kirlyam e Alan Cox. (Foto: Arquivo Pessoal)

Dois anos mais tarde, em 2013, o casal decidiu oficializar a relação judicialmente e foi neste momento que a vida no reality show teve início.

Segundo Kirlyam, após tomarem a decisão de que ela iria para os EUA, tanto ela quanto Alan passaram a pesquisar sobre um visto K-1, dado às noivas, momento em que foram surpreendidos por um convite.

“Como a gente não tinha nenhuma ideia de como funcionava [o visto], o Alan entrou no fórum de dúvidas do visto de noiva perguntando e alguém mandou uma mensagem perguntando se nós queríamos participar de um documentário”, disse.

Inicialmente, o casal se negou a participar das gravações, mas após um acidente envolvendo o pai de Kirlyam, ela e o marido toparam ingressar na iniciativa para ajudar a família financeiramente.

Mas o que era para ser um breve documentário se estendeu por cerca de 3 meses e foi responsável por mudar totalmente a vida do casal.

Ela revela que após a estreia do programa passou a receber diversas mensagens nas redes sociais tanto de brasileiros quanto de estadunidenses.

“Foi uma coisa de louco […]. A gente não sabia que seria um programa, nós pensávamos que seria um documentário. Era gente mandando convites, perguntas, muita gente nas redes sociais. Era uma coisa completamente fora do que a gente esperava”, destacou.

Dez anos após a participação, que começou em 2013, ela e o marido se mudaram para Carolina do Norte, tem dois filhos, com idade de 06 e 02 anos.

Polêmica

Apesar da onda de mensagens positivas, Kirlyam também revela algumas dificuldades após a estreia do programa. Uma delas, e que voltou a viralizar recentemente nas redes sociais, surgiu pela exibição de um trecho em que Alan aparece falando que a cidade de Goiânia não oferece água quente.

De acordo com a ex-participante, o trecho foi editado pelos profissionais do programa e diverge do que realmente foi falado pelo marido.

“A gente não tem controle sobre o que eles editam e sobre o que eles vão fazer com o material. Tudo o que é falado eles editam da forma como eles querem”, afirmou.

Ela também destaca que após a exibição do trecho chegou a receber comentários maldosos e que, inclusive, ameaçavam ela e os filhos, além de acusá-la de ser interesseira.

“Muitas pessoas basicamente falando o que é seu está guardado, pessoas desejando o mal. Mas o pior de tudo são pessoas desejando a morte dos meus filhos, me deixando sem palavras, nunca pensei que as pessoas chegassem a esse ponto”, destacou.

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