Especialistas goianos explicam como se prevenir e agir contra golpes de hospedagem
Caso recente de anúncio falso de casa em Pirenópolis com 29 vítimas é apenas um entre vários

Um caso em que 29 pessoas alugaram uma casa em Pirenópolis neste período de férias e descobriram que caíram em um golpe é apenas um entre os diversos que têm balançado o setor de turismo. Perante o número crescente de registros, especialistas apontaram, ao Portal 6, como se prevenir e também como agir caso seja vítima de fraude.
“Esse problema está muito grande”, afirmou à reportagem o especialista em segurança cibernética, Luciéliton Mundim. Atualmente, o tipo mais comum de fraude é de anúncio falso, em que o estelionatário se apropria de um local existente para criar um site ou perfil falso e vender a suposta hospedagem.
Em vários casos, ainda é feito o investimento nos mecanismos de busca para que o anúncio falso apareça acima do verdadeiro.
Como não há tecnologia que identifique ou previne tais anúncios, segundo Luciéliton, cabe ao consumidor se proteger. Antes de fechar o acordo, o cliente deve procurar referências de pessoas que já contrataram a acomodação, seja por meio de indicações diretas ou então em comentários deixados por outros consumidores.
Como plataformas populares como o Booking e o Airbnb oferecem a opção de comentar somente para quem, de fato, se hospedou, trata-se de um meio mais seguro.
Diante disso, o especialista aponta que uma dica vital é optar por usar as plataformas oficiais que, além de oferecerem comentários reais, também possuem uma série de medidas que protegem tanto o cliente quanto o anunciante.
Caso o local desejado trabalhe com site ou perfil próprio, é preciso ter ainda mais cuidado. “Não existe nenhum sistema 100% seguro, mas é menos provável que o estelionatário use as plataformas porque isso dá trabalho. Ele vai no mais fácil, porque funciona”.
Além de checar os feedbacks, o consumidor deve pesquisar se o endereço existe e se as formas de contato são efetivas, principalmente quanto ao telefone fixo.
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“Nunca feche um serviço na ânsia, de última hora, porque os golpistas se valem em cima dessa negociação apressada”, destacou.
Luciéliton ainda aponta que é preciso duvidar de ofertas boas demais para serem verdade. Por fim, ao ser encaminhado uma forma de pagamento, uma boa medida é checar se o destinatário está correto e se o código do boleto direciona à conta certa.
Quanto ao proprietário do destino verdadeiro, que também é vítima e perde a confiança do público em certa medida, cabe garantir pagamentos antecipados.
Como reagir em caso de golpe
Apesar das medidas de prevenção, ainda é possível ser vítima de uma fraude. Ao Portal 6, a advogada, que atua no ramo do direito do consumidor, Brenda Alves Loiola, explicou que hóspedes lesados devem reclamar em sites como o Procon, Reclame Aqui e Consumidor.gov, e nas plataformas, se o negócio foi feito por este meio.
Além disso, é preciso realizar um boletim de ocorrência, podendo prosseguir judicialmente e garantir o valor da hospedagem, danos morais e danos materiais.
O proprietário, por sua vez, deve seguir os mesmos passos, além de noticiar que há ofertas fraudulentas e redirecionar à plataforma correta. “Isso tem uma dupla consequência: traz um pouco mais de segurança ao próprio proprietário do anúncio e também previne que outros consumidores caiam no mesmo golpe”, disse.