Goiás alerta para risco de colapso no sistema de saúde dos municípios
Estado vem implementado estratégia para lidar com iminente situação de surtos de dengue e chikungunya
O aumento de casos de dengue e chikungunya neste ano em Goiás acendeu um alerta e vem sendo alvo de preocupação por parte das autoridades sobre o risco de um possível colapso no sistema de Saúde dos municípios.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) durante coletiva realizada nesta quinta-feira (01º) mostram que já foram confirmadas 11.294 pessoas com o primeiro diagnóstico da doença, frente a 737 registros da segunda.
A preocupação sobre uma sobrecarga nas unidades de saúde vem sendo tratada como iminente pela pasta que, inclusive, já implementou uma estratégia para lidar com a situação: a criação de um gabinete de crise estadual.
O intuito é que com a iniciativa, dados relacionados a atendimento, demanda por internação, quantidade de insumos em hospitais e entre outros sejam enviados para o órgão, que monitora a situação.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Rasivel dos Reis, além do estadual, a pasta vem incentivando os gestores de cada cidade a instituírem um gabinete municipal para o envio dos dados. Até o momento, 51 já foram criados.
“O gabinete de crise estadual já está recebendo dados dos municípios de atendimento, demandas por internação, vendo como está a situação das equipes nos hospitais, se tem insumos, se tem estoque suficiente e ajudar para que a gente faça um manejo adequado”, diz.
O profissional explica que a preocupação é decorrente da ampla propagação de casos Sorotipo 2 – um dos quatro sorotipos de vírus-, que pode levar a complicações graves de saúde. No total, 35% dos casos registrados no estado são do sorotipo.
“Os pacientes com dengue evoluem muito rápido, nos casos graves. A maioria dos casos que evoluíram para óbito foi com menos de seis dias a partir do primeiro sintoma”, disse.
A mesma preocupação é tida pela crescente de casos de Chikungunya, com grande incidência de diagnósticos na região Sudoeste.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, a doença é conhecida por ter um efeito prolongado podendo, inclusive, ter os efeitos sentidos mesmo após seis meses após o aparecimento do primeiro sintoma.
“A Chikungunya é uma preocupação porque pode ter uma doença mais prolongada e necessitar mais do serviço de saúde principalmente nessas regiões onde nós estamos vendo esse aumento”, disse.