Venda de repelente dispara em Goiânia; farmácias alertam para risco de falta
Comerciantes afirmam que está difícil de repor unidades, diante de 'corrida' pelo produto de combate ao Aedes aegypti
Diante do alto cenário de casos de dengue em Goiânia, a população da capital tem se esforçado para não se contaminar com a doença. E um reflexo disso pode ser visto nas farmácias da cidade, onde as prateleiras de repelentes ficam constantemente esvaziadas.
Ao Portal 6, Marcos Menezes, proprietário da Droga Líder, explicou que a procura por repelentes é constante na capital. No entanto, no último mês, o local recebe clientes em busca do produto quase todos os dias.
O mesmo ocorre na Drogaria Santa Maria, de acordo com o representante de compras Leonardo Amin. “Tivemos um aumento de pelo menos 50% de procura. As pessoas falam que estão com muito medo, que tiveram casos na família, entre amigos, e querem se prevenir”, apontou.
Já o dono da Droga Leve, Antônio José dos Santos, relatou à reportagem que já está enfrentando problemas de estoque e alerta para o aumento de preços.
“A procura está muito grande. Tanto que não estou tendo produto”, apontou. De acordo com Antônio, as pessoas buscam repelente já com o intuito de combater o Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue. “Está terrível”.
Nesta quinta-feira (08), o empresário relatou que tentou realizar uma compra para abastecer as prateleiras, mas a distribuidora já estava vazia. Na sexta-feira (09), só foi possível adquirir poucas unidades.
Todos os representantes afirmam que o valor, que varia entre R$ 15 e R$ 25, não apresentou aumento de preços. Contudo, é uníssono o alerta de que o cenário irá mudar em breve.
“Não foi igual o álcool em gel, que aumentou muito durante a pandemia. Mas por causa desse aumento de procura e falta de produto, os preços vão disparar”, disse Antônio.