“Minha carreira foi para o chão”, lamenta diretora após aluno ser morto na porta de colégio em Anápolis

Unidade de ensino recebeu diversas críticas por não cancelar aulas um dia após atentado

Davi Galvão Davi Galvão -
“Minha carreira foi para o chão”, lamenta diretora após aluno ser morto na porta de colégio em Anápolis
Fachada do Colégio Estadual Leiny Lopes, após atentado. (Foto: Samuel Leão)

Após a trágica briga generalizada entre alunos, em frente ao Colégio Estadual Leiny Lopes, em Anápolis, que resultou na morte de um jovem e internação de outros dois, a diretora da unidade, Donizetti Vidal, aparece em um áudio, extremamente consternada com toda a repercussão do caso.

“Eu dependo desse trabalho, só que, pelo que eu vi, minha carreira todinha foi para o chão. Vocês não têm noção, se vocês entrarem nas redes sociais, todo o trabalho lindo e maravilhoso que eu já fiz nesse colégio… [áudio se encerra]”, é possível ouvi-la dizendo.

 

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Em sintonia com o que a gestora externalizou na mensagem de voz, diversos comentários feitos por internautas questionaram a conduta da direção do colégio, em especial pelo fato de a unidade não ter cancelado as aulas em virtude ao luto.

“Achei um absurdo a diretora não cancelar as aulas ontem, nem teve respeito o luto pelo aluno”, afirmou um usuário, em uma das publicações do Portal 6 sobre o episódio.

“Deveria ficar uns 3 dias sem aula! Diretoria sem coração dessa escola!”, criticou outra.

Comentários criticando a postura da direção. (Foto: Reprodução)

Apesar disso, outros internautas partiram em defesa da gestão da unidade, alegando que o luto deveria ser decretado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

“Vamos se informar né, povo! A escola estadual ou municipal não pode decretar luto e suspender as aulas, a diretora não tem essa autorização! Não depende dela!”, afirmou uma.

“Não é a diretora que manda na escola não! É a Secretaria de Educação. As ordens vêm de lá”, emendou.

Comentários na internet defendendo a gestão da unidade. (Foto: Reprodução)

Apesar disso, nem a Seduc ou a unidade escolar decretaram qualquer período de luto, tampouco se posicionaram oficialmente sobre de quem seria essa responsabilidade.

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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