Febre de oropoucho coloca Goiás em alerta; veja sintomas e saiba como prevenir

Ao Portal 6, o infectologista Marcelo Daher explica também a forma de transmissão da doença

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Mosquito transmissor da febre oropouche. (Foto: Divulgação/Sesab)

A crescente de casos sobre a febre oropoucho na região Amazônica despertou uma preocupação entre as autoridades de saúde de Goiás que, inclusive, emitiram um alerta para todo o estado sobre a probabilidade da propagação da doença. 

O aviso foi feito pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES), por meio da Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, Flúvia Amorim, na última quinta-feira (04). 

Embora Goiás ainda não tenha casos confirmados, a chegada já é compreendida como uma questão de tempo até desembarcar no estado. Tanto é que a pasta já prepara o Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO) para fazer testes da febre. 

Ao Portal 6, o médico infectologista Marcelo Daher explica que a febre oropoucho é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). 

De acordo com o especialista, o maior risco de contaminação ocorre em áreas de transição – locais em que há zonas de mata com partes residenciais. 

“Em Goiás, começaram a se relatar alguns casos e levantou o alerta sobre a possibilidade de surtos causados por esse vírus. O estado do Amazonas (AM) viveu um surto de oropouche recentemente, então a gente vai observar que os ambientes em transição de rural para urbano tem o risco maior da entrada desse vírus”, explica. 

Já sobre os sintomas, Marcelo afirma que os efeitos se assemelham aos da Chikungunya – transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictu-, sendo eles: febre, mal-estar, dor no corpo, dor articular e entre outros. Assim como as demais arboviroses, a melhor forma de se prevenir é utilizando de repelentes e, em caso de necessidade, até o uso de mosqueteiros.  

Conforme o especialista, é possível que em caso de contaminação, o paciente evolua para um estado grave devido ao desconhecimento de diagnósticos confirmados da doença no território. 

“É possível ter gravidade. Como é uma doença desconhecida, o diagnóstico pode passar batido, mas a letalidade não é tão alta”, explica. 

No entanto, ele ressalta que, até o momento, ainda não existe um tratamento específico – ou vacinas – para a doença e que, com o acompanhamento médico, alguns medicamentos são indicados para aliviar os sintomas.

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