Equipe de hospital faz vaquinha para jovem encontrar filha após ser encontrado desacordado pela PRF
Ao Portal 6, enfermeira fez apelo para que pai avisasse se encontrou a família: "queríamos saber se ele está bem"
A história comovente do jovem que saiu de bicicleta de Barra do Garças (MT) rumo a Brasília (DF), ganhou um novo e belo capítulo, após a equipe médica que o atendeu realizar uma vaquinha para ajudá-lo a reencontrar a filha.
Ele, que foi encontrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) caído no acostamento da BR-070, na cidade de Jussara, acabou sendo levado para o Hospital Municipal Dr. Abiud Ponciano Dias, nesta terça-feira (09).
Ao Portal 6, Ana Lúcia, enfermeira-chefe do plantão que o atendeu, explicou que a situação do jovem, de apenas 18 anos, tocou o emocional de toda a equipe.
“Ele estava um pouco confuso, bem desidratado, até um pouco desfalecido. Mas conseguiu responder o próprio nome, os documentos dele, mas ficou bem”.
Diante dos profissionais de saúde, o rapaz relatou que estava pedalando há dois dias, sem comida e apenas bebendo água de uma garrafa.
Ele também explicou que estava voltando para Brasília, porque tinha recebido uma proposta de trabalho que acabou não dando certo, e fez o trajeto para reencontrar a filha, de 01 ano e meio.
“O rapaz até disse que tentou vender a bicicleta para comprar a passagem, mas ninguém quis comprar dele. Aí ele decidiu ir com ela mesmo”, revelou Ana Lúcia.
Dessa forma, toda a equipe do hospital se mobilizou em uma vaquinha, para que o pai pudesse retornar ao Distrito Federal. “Desde o Dr. Tércio [diretor da unidade], a equipe de enfermagem, todo mundo fez uma contribuição para dar um dinheirinho a mais para ele”.
No total, foram arrecadados R$ 255, usados para adquirir os bilhetes de ônibus para Goiânia e, em seguida, para Brasília, sobrando R$ 170 para ele usar com alimentação durante o trajeto.
Depois que o dinheiro foi entregue para o jovem, ele foi deixado na rodoviária de Jussara, de forma que pudesse finalmente rever a filha.
Contudo, apesar do aparente final feliz, Ana Lúcia lamentou o fato de que o viajante não tinha um telefone, para que pudesse entrar em contato.
Por fim, ela fez um apelo: “Se por acaso ele ver essa reportagem, a gente pede para que entre em contato, para avisar que chegou e encontrou a família. Queríamos saber se está bem, se chegou em casa. Ele parecia um rapaz tranquilo, preocupado em voltar para a família dele”.