Homem provoca confusão no HEANA e chama vigilante de ‘negão’ alegando demora de atendimento para irmão
Polícia Militar precisou ser acionada no local e acompanhante do paciente foi levado até delegacia
A demora de um atendimento para o irmão foi o motivo que fez com que um homem, de 30 anos, se revoltasse e causasse uma verdadeira confusão no Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo (HEANA). O caso aconteceu no sábado (11).
Em depoimento à Polícia Militar (PM), o homem alegou que o familiar havia sofrido um acidente de moto e que estava demorando a receber ajuda. Por isso, começou a reclamar da demora com uma equipe de triagem.
Após o irmão afirmar que estava sentindo fortes dores, ele decidiu ir até o balcão de atendimento para solicitar rapidez no socorro, momento em que começou uma discussão com a atendente, que chamou um vigilante.
No local, o profissional teria pedido para que o homem parasse de gritar, mas teria sido surpreendido com as seguintes palavras: “você é preto, não era para você estar fazendo isso”.
Na versão do homem, o vigilante chegou até o ambiente já o intimidando, com uma arma na mão, e teria ignorado o pedido para que o irmão recebesse atendimento, uma vez que o mesmo se encontrava com dor.
Ao longo da discussão, o acompanhante do paciente ainda teria proferido xingamentos dizendo que o profissional de segurança era um “vigilantezinho de merda”.
Diante da confusão, uma equipe da Polícia Militar (PM) foi acionada e se deslocou até lá. Questionado sobre o ocorrido, o homem confirma ter comparado o profissional a um “negão, assim como ele”, mas alegou que não cometeu nenhuma ameaça.
Após a situação, o homem foi levado até uma Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos, enquanto o irmão permaneceu na unidade de saúde para receber o atendimento médico.
Com a palavra, o HEANA
A Fundação Universitária Evangélica – FUNEV, gestora do Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo Santillo, esclarece:
Na tarde do sábado, o HEANA recebeu um paciente à procura de atendimento, acompanhado pelo irmão. Ao passar pelo processo de classificação de risco e triagem médica, o acompanhante do paciente se alterou, agredindo verbalmente a equipe do hospital, proferindo ofensa racial contra um vigilante patrimonial.
A polícia foi acionada pela própria unidade e conduziu o acompanhante para a parte externa do hospital. O paciente foi atendido, realizou exames, foi medicado e recebeu alta melhorada.
Cabe ressaltar que a FUNEV não compactua com qualquer tipo de discriminação. Ainda, trata-se de um caso isolado que não interrompeu o fluxo normal de atendimento na unidade.