Profissionais de enfermagem cruzam os braços e iniciam greve no Ânima
Unidade hospitalar é uma das maiores de Anápolis e afirma que segue em negociação com a categoria
A manhã desta quarta-feira (22) começou diferente no Ânima Centro Hospitalar. Isso porque, após semanas de negociações frustradas, 70% dos técnicos de enfermagem da unidade cruzaram os braços e deram início a uma greve.
Dentre os pontos que causaram tal mobilização, está o não cumprimento do acordo firmado entre o sindicato patronal e o Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPTGO), que abrange mais de 126 cidades.
Ao Portal 6, a vice-presidente do Sindicato de Enfermagem do Estado de Goiás (SIENF-GO), Eliane Castilho, explicou que a categoria exige condições mínimas para retornar ao trabalho.
“Os trabalhadores da enfermagem do Ânima decidiram que a negociação siga, pelo menos, o acordo total da patronal, o que eles recusam. Eles querem globalizar todos os direitos e ainda pagar abaixo do piso, isso é realmente inadmissível”, contou.
Ela explicou que esse acordo, feito pela patronal, foi uma decisão tomada pela entidade que representa a classe empresarial em Goiás, e que deveria estar sendo seguido pelo Grupo Santa Lúcia.
“Considerando que a gente já tem aberto mão, visto que foi uma negociação do MPT com a patronal. Todas as propostas que trouxeram para nós é de retirada de direitos, não temos condição de aceitar isso, considerando que o hospital tem sustentação”, explicou.
Portanto, a condição para o retorno da normalidade é o pagamento acordado, de modo que o retroativo entra, com 50% na folha salarial, já em abril, com 25% em agosto e outros 25% no mês de março.
Os profissionais ainda reforçam que o grupo Santa Lúcia detém 6 hospitais, inclusive em Brasília e no Mato Grosso. Para eles, esse é um indício de que a recusa em pagar o piso salaria não é derivada de uma dificuldade financeira por parte da empresa.
Leia nota do Ânima na íntegra:
O Ânima Centro Hospitalar informa que tem o compromisso com a categoria de enfermagem e com toda a comunidade de Anápolis, buscando uma solução que seja sustentável e que permita continuar oferecendo um atendimento de qualidade aos pacientes. A unidade continua disposta às negociações e aguarda uma contraproposta do sindicato.